O português Paulo Duarte, que assumiu o comando técnico da seleção do Gabão há seis meses, lembra que «não se pode passar por África simplesmente por uma mera obrigação de ter um contrato».
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O português Paulo Duarte, selecionador do Gabão, cuja seleção joga esta quarta-feira com Portugal, reconheceu que «África exige muito trabalho e exige que demos todo o nosso conhecimento».
Depois de quatro anos e meio no Burkina Faso e seis meses no Gabão, Paulo Duarte diz que se «adaptou bem a África», mas percebeu que «não se pode passar por África simplesmente por uma mera obrigação de ter um contrato».
O técnico tem o apoio incondicional do presidente gabonês, grande mentor do desenvolvimento do futebol no país, que oferece as melhores condições para trabalhar.
«O Gabão tem condições fantásticas para o futebol», lembrou Paulo Duarte, que frisou que, apesar dos «muitos recursos financeiros» do país, falta no Gabão, «como em todo o futebol africano, uma reestruturação de base do seu futebol».
Perante isto, Paulo Duarte quer apostar na «formação e na fase de aprendizagem» para que a Europa conheça o valor do futebolista do Gabão.
«O nosso único problema é que a qualidade dos nossos jogadores do gabão são exatamente em posições repetidas: do corredor central. O que nos falta são jogadores de linha», concluiu.
O Gabão, cujo futebol tem apenas a atenção de França, vai ter uma liga profissional organizada por uma empresa espanhola e supervisionada pelo Presidente da República, que tem em Paulo Duarte o seu "braço direito" para o futebol.