A empresa assegura que "foi comprovado no local, pelas equipas técnicas da Altice e do Futebol Clube do Porto, a existência de uma falha de energia na tomada elétrica do Estádio do Dragão".
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A Altice Portugal rejeitou, esta segunda-feira, "qualquer responsabilidade" pela falha do sistema de videoárbitro (VAR) utilizado no estádio do Dragão no jogo contra o Arouca e sublinhou, em resposta à acusação do FC Porto, que foi a "redundância" do UPS que "permitiu retomar o sistema de videoarbitragem".
"A Altice Portugal rejeita qualquer responsabilidade na falha ocorrida no VAR utilizado durante o encontro que se realizou no passado domingo, no Estádio do Dragão, entre o Futebol Clube do Porto e o Futebol Clube de Arouca, para a quarta jornada da Liga Portugal Betclic", pode ler-se num comunicado enviado às redações.
No mesmo comunicado, a empresa afirma que "não foi detetada qualquer avaria no sistema de suporte ao VAR, nem se procedeu a qualquer substituição do mesmo" e explica que "assim que as equipas técnicas verificaram que a fonte de alimentação da UPS (Uninterrupted Power Supply) tinha esgotado a bateria, decorrente da falha de energia da tomada de alimentação disponibilizada pelo FC Porto, imediatamente ligaram uma segunda UPS, totalmente carregada, que possibilitou a restauração total dos sistemas e do respetivo serviço VAR".
A Altice Portugal reforçou, por outro lado, que "foi comprovado no local, pelas equipas técnicas da Altice e do Futebol Clube do Porto, a existência de uma falha de energia na tomada elétrica do Estádio do Dragão", indo ao encontro da análise do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol revelada esta manhã.
"De sublinhar que foi a redundância da sua infraestrutura, pela existência de uma segunda UPS, que permitiu retomar o sistema de videoarbitragem", conclui a empresa.
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Esta segunda-feira, o FC Porto defendeu que não ocorreram falhas energéticas, rejeitando a ideia que a "tomada elétrica disponível na zona de revisão do estádio não possuísse energia socorrida".
Os dragões asseguraram também que há "um outro quadro elétrico com outra tomada disponível para utilização" e desmentiram a posição do CA da FPF, que tinha atestado a existência de "uma única tomada elétrica disponível" naquela área de revisão do recinto.
Atribuindo "toda a responsabilidade de montagem do sistema e ligação" aos técnicos da Altice, contratados pela FPF, o FC Porto explica que esse cabo conectado na origem à fonte de energia do estádio cedida pelo clube "não foi conectado aos equipamentos do VAR", levando a que o sistema funcionasse através de baterias "desde o início do jogo".
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) anunciou ao início da tarde desta segunda-feira que vai pedir ao Conselho de Disciplina (CD) federativo a instauração de um processo de inquérito ao 'apagão' do sistema de videoarbitragem na partida entre FC Porto e Arouca.
Durante esse período, o árbitro Miguel Nogueira assinalou uma grande penalidade sobre o avançado iraniano Mehdi Taremi, do FC Porto, decisão que reverteria, após contacto telefónico com o VAR, sem que tivesse revisto as imagens do lance decorrido aos 90+6.
O juiz da associação de Lisboa dirigiu-se, então, aos treinadores das duas equipas para revelar a decisão de reverter o penálti, ação contestada, após o apito final, pelo FC Porto, que "apresentou um protesto aos delegados da LPFP", visando a anulação do encontro.
"Essa ação de Miguel Nogueira constitui uma violação das regras de jogo e um erro de direito com potencial impacto grave no desfecho do jogo", vincaram os azuis e brancos.
Depois deste episódio, o FC Porto voltaria a dispor de novo castigo máximo, que o luso-brasileiro Galeno desperdiçou, aos 90+15 minutos, antes de o brasileiro Evanilson selar o 1-1, aos 90+19, depois de o espanhol Cristo González ter adiantado o Arouca, aos 84.
Notícia atualizada às 22h17