Aos 24 anos o médio português tornou-se este domingo, com Nelson Semedo, o mais jovem de sempre a conseguir, em Espanha, a "dobradinha": Liga e Taça. Agora quer ser um dos 23 de Fernando Santos.
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Antes de decidir onde vai jogar na próxima época, André Gomes só quer ouvir Fernando Santos dizer o nome dele na hora de anunciar quem é que faz a mala para a Rússia para representar Portugal no Mundial deste verão. A época em Barcelona não foi a melhor, o próprio admite, mas o "sonho" de voltar a vestir a camisola da seleção num grande torneio, depois do Europeu conquistado em França, continua vivo.
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"Sou feliz aqui, independentemente de a época não ter corrido exatamente como esperava. Sinto-me bem e ainda nem tive tempo de pensar nisso (se na próxima época continuará no Barcelona), antes de tratar desse tipo de coisas o mais importante é o nosso Mundial, com o nosso país. O mais importante para mim é estar nas melhores condições para ser chamado." E para concretizar o objetivo, André Gomes, em entrevista à TSF, revela que tem o futuro completamente em aberto: "Eu não marquei, e acho que ninguém marcou, férias!"
O médio português conseguiu este domingo, ao sagrar-se campeão pelo Barcelona (4-2 ao Deportivo da Corunha, na Corunha), um feito inédito: é, aos 24 anos, juntamente com Nelson Semedo, o mais jovem de sempre a conseguir, em Espanha, conquistar a "dobradinha", Liga espanhola e Taça do Rei. "Foi uma enorme felicidade. Eu e o Nelson nem nos tínhamos apercebido do feito logo na altura, mas é óbvio que celebrámos muito."
Longe vão já os tempos, garante, André Gomes, em que não se sentia confortável em campo, como revelou numa entrevista à revista Panenka. Depois dessas declarações, quando voltou a subir ao relvado de Camp Nou, o médio português foi aplaudido pelos adeptos catalães, o que acabou por ser um ponto de viragem em termos de confiança.
"Houve uma mudança grande, foi quando senti o carinho dos meus adeptos, na minha casa, e isso fez-me sentir melhor, sentir confiança em mim mesmo. Sempre disse que entendia perfeitamente a forma com estavam comigo, primeiro porque sempre me afetou o facto de as pessoas não me conhecerem tão bem, e segundo eu não estar a demonstrar aquilo que as pessoas tinham criado de expectativa. por isso sim, mudou bastante, mudou para mim também porque senti o calor humano dos adeptos na minha casa, que me apoiaram de forma incondicional, o que me fez sentir ainda melhor."