Como diz o ditado: são 11 contra 11 (o Bayern até devia ter acabado com 10) e no fim... Já sabe como é. Mas o Benfica vendeu cara a eliminação. 2-2 na Luz. Jiménez e Talisca marcaram pelas "águias"
Corpo do artigo
O "chavão" nasceu com a seleção da Alemanha, mas assenta que nem uma luva no Bayern de Munique. Afinal, eles são alemães, jogam que se fartam e acabam de conseguir a quinta meia-final consecutiva da Liga dos Campeões. Desta vez foi à custa do Benfica.
Outra expressão, muito ligada ao futebol, é "uma vitória moral". Na prática não há disso, mas a verdade é que a equipa "encarnada" saiu do relvado aplaudida, de pé, pelos mais de 60 mil adeptos que estiveram na Luz. E porquê? Porque o Benfica, contra o poderosíssimo Bayern, depois de ter perdido por 1-0 em Munique, empatou a dois golos.
O jogo estava meio "morno", praticamente sem remates às balizas, até que Eliseu, perto da meia hora, fugiu pela esquerda, cruzou para a área e Raul Jiménez foi mais rápido, mais inteligente e chegou mais alto que todos. 1-0. A Luz quase vinha abaixo.
Não foi sol de muita dura. A noite caiu na Luz, e um "tiro" de Vidal parecia ter afundado as esperanças encarnadas. O chileno, que já tinha marcado na primeira mão, rematou à entrada área e empatou o jogo, desequilibrando a eliminatória. 1-1 na Luz, 2-1 na eliminatória, para mais com um golo fora. Veio o intervalo.
Na segunda parte, os benfiquistas estavam muito mais calados. O Bayern tinha muito mais bola, com mais tranquilidade. E o golo lá chegou. Javi Martinéz ganhou de cabeça ao segundo poste, na sequência de um canto, e amorteceu para dentro da pequena área. Muller, um pesadelo para os portugueses (lembra-se do Alemanha-Portugal no último Mundial?), apareceu sozinho e só teve de encostar o pé direito à bola para a atirar para o fundo das redes defendidas por Ederson. Mas o jogo só acaba quando o árbitro apita. E ainda faltavam umas duas dezenas de minutos para esse momento.
Gonçalo Guedes fugiu na direita e fletiu para o centro, Javi Martinéz não teve pernas para o jovem português e rasteirou-o. Isto mesmo mesmo à entrada da área, e Guedes já não tinha mais ninguém pela frente a não ser Neuer, o guarda-redes alemão. Era cartão vermelho, certo? Errado. O árbitro não entendeu assim, e mostrou amarelo ao espanhol. Rui Vitória também viu o lance como eu, reclamou, muito, e acabou por ser expulso (no final haveria de dizer que isso não era importante, depois de "um jogo tão bom de se ver").
Alheio à confusão que se gerou com os protestos, Talisca pegou na bola, colocou-a no chão, deu uns passos atrás e... pumba. O baiano rematou em arco, com classe e colocação. Neuer bem voou, mas estava feito. 2-2.
Ainda faltavam dois golos para que algo que não acontece há 21 anos se concretizasse, ou seja, o Benfica chegar às meias finais da liga dos Campeões. Mas a Luz estava feliz. E gritou, "Benfica, Benfica, Benfica". Mas o pulmão, as pernas, a cabeça e, claro, o Bayern, não deram para mais. E Talisca até teve outra oportunidade, uma espécie de "take 2", num livre novamente à entrada da área, aos 83 minutos. Voltou a colocar bem o pé esquerdo na bola, mas dessa vez as redes defendidas por Neuer ficaram quietas, o remate foi ao lado.
Depois do apito final de Bjorn Kuipers o Estádio da Luz aplaudiu, de pé, a equipa. O "score" final, nas duas mãos, foi 3-2, para os alemães.
Muitas mexidas
Os dois treinadores mexeram muito nos 11 iniciais que apresentaram.
Do lado do Benfica, já se sabia que Jonas ficava de fora, castigado, mas também Gaitán e Mitroglou não jogaram contra o Bayern. O 11 de Rui Vitória foi este:
[twitter:720310007774863360]
No Bayern, em relação ao jogo da primeira-mão, Guardiola deixou Lewandovsky e Bernat no banco e lançou Martinez e Xabi Alonso de início:
[twitter:720300363568574464]
Aquiacompanhámos "tudo o que se passou" no Estádio da Luz.
[liveblog:1325935]