Expulsão do filho proscrito abre caminho ao brilho do filho regressado. Benfica vence FC Porto
Veja o golo. Di María decidiu o jogo após a expulsão de Fábio Cardoso.
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O regresso de Fábio Cardoso à casa que o formou e o retorno de Ángel Di María às decisões de clássicos na Luz contam a história do jogo. O Benfica venceu esta sexta-feira o FC Porto por 1-0, na 7.ª jornada da I Liga.
Numa primeira parte em que os dragões estiveram por cima, o destaque foi a expulsão muito protestada de Fábio Cardoso por falta sobre David Neres. As águias regressaram melhor depois do intervalo e Di María decidiu o jogo aos 68 minutos.
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Ambos os treinadores apresentaram novidades nos onzes iniciais. Roger Schmidt introduziu David Neres e Di María em simultâneo, deixando João Mário no banco. Nos dragões, Sérgio Conceição lançou Romário Baró de início para reforçar o meio-campo composto por Alan Varela e Eustáquio.
A primeira oportunidade surgiu para o Benfica. Di María aproveitou um mau pontapé de Diogo Costa e, com a baliza mal coberta, rematou por cima.
Os dragões apresentavam-se com um meio-campo a três mais declarado, com Alan Varela mais recuado, Eustáquio na meia esquerda e Baró na meia direita.
Apesar de não ter qualquer oportunidade flagrante de golo, os dragões começavam a subir no terreno e a aproveitar os espaços entrelinhas, principalmente com Taremi, Baró e Pepê.
Aos 19 minutos, grande contrariedade para o FC Porto. David Neres arrancou pela esquerda e, perante apenas Fábio Cardoso, adiantou a bola e o árbitro considerou que foi derrubado por Fábio Cardoso. Como ia isolado, o cartão dado por João Pinheiro foi o vermelho. Os dragões protestaram muito, mas o VAR não deu qualquer indicação ao árbitro principal da partida.
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Perante a expulsão, Sérgio Conceição foi obrigado a mexer, retirando Romário Baró da partida e estreando Zé Pedro, defesa de 26 anos da equipa B, em pleno clássico.
Após a expulsão, como seria expectável, o Benfica pegou no jogo, mas não estava a conseguir aproveitar a superioridade numérica para criar perigo. Ao contrário, o FC Porto, apesar de estar com menos um, não deixava de tentar atacar e até teve a primeira oportunidade depois da decisão de João Pinheiro. Boa jogada rápida, Taremi isolou-se e tentou fintar Trubin, mas o ucraniano roubou a bola ao iraniano.
As águias responderam logo a seguir. Neres ganhou a linha de fundo e cruzou. A bola foi desviada por Alan Varela na direção da baliza, mas Diogo Costa, a dois tempos, evitou o golo.
Aos 34 minutos, um lance muito semelhante ao da expulsão, mas com David Carmo, desta vez. Rafa arrancou pela direita e é derrubado e o árbitro assinala falta e dá amarelo ao central português. Mesmo chamado pelo VAR, João Pinheiro não acatou o aconselhamento de Artur Soares Dias e manteve a decisão.
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Mesmo com apenas 10 jogadores, os dragões continuavam a criar mais perigo. Pepê recebeu a bola em zona central e, ainda fora da área, disparou forte para uma grande intervenção de Trubin.
A partida chegou ao intervalo sem que ninguém conseguisse fazer balançar as redes. O destaque ia mesmo para a arbitragem, nomeadamente nos lances da expulsão de Fábio Cardoso e do amarelo a David Carmo. No regresso, nem Sérgio Conceição, nem Roger Schmidt mexeram no jogo.
A partida voltou com o Benfica a ser mais dono do jogo, tendo mais bola e fazendo o FC Porto recuar cada vez mais na direção da própria área. Isso foi patente na ocasião criada aos 53 minutos. A partir de um canto e após sucessivos cortes da defesa portista, Kökçü rematou enrolado ao poste da baliza de Diogo Costa.
Logo a seguir, foi David Neres a ter o golo no pé direito. Depois de um cruzamento rasteiro de Di María, o brasileiro tirou um adversário do caminho e rematou de pé direito para uma defesa com o peito de Diogo Costa.
Roger Schmidt tentou trazer algo de diferente ao jogo aos 66 minutos, com a entrada de Arthur Cabral e a saída de Petar Musa.
O golo surgiu aos 68 minutos. Num ataque pela esquerda, David Neres conquistou a linha de fundo e cruzou atrasado para Di María. O campeão do mundo rematou enrolado, a bola ainda desviou em Wendell, mas para o fundo da baliza de Diogo Costa.
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Aos 72', o Benfica esteve muito perto do segundo. Di María cruzou atrasado com o pé direito e Otamendi, subido para um canto, rematou por cima.
Sérgio Conceição mudou várias vezes de ideias várias vezes, depois de chamar André Franco e Toni Martínez para entrar, mas optou por colocar Gonçalo Borges e Francisco Conceição em campo, com o objetivo de agitar o ataque portista. Saíram Pepê e Wendell.
Logo a seguir, o treinador portista arriscou ainda mais. Tirou Alan Varela e lançou Iván Jaime na partida.
Os dragões aproveitavam todas as bolas paradas para meter a bola na área e, numa delas, o esférico voou para a cabeça de Taremi, mas o remate saiu à figura de Trubin.
A partida terminou pouco depois, com a vitória do Benfica. Logo após o apito, Galeno dirigiu-se ao árbitro para protestar de forma veemente com João Pinheiro. Com estes três pontos, as águias ultrapassam o FC Porto na tabela da Liga, ficando agora com mais dois pontos que os dragões.
Onze do Benfica: Trubin, Bah, António Silva, Otamendi, Aursnes, João Neves, Kökçü, Di María, Rafa, Neres e Musa.
Onze do FC Porto: Diogo Costa, João Mário, Fábio Cardoso, David Carmo, Wendell, Alan Varela, Eustáquio, Romário Baró, Pepê, Galeno e Taremi.
Suplentes do Benfica: Samuel Soares, Morato, Tomás Araújo, Jurásek, Florentino, Chiquinho, João Mário, Tengstedt e Arthur Cabral.
Suplentes do FC Porto: Cláudio Ramos, Zé Pedro, Gonçalo Borges, Marko Grujic, Nico González, André Franco, Francisco Conceição, Iván Jaime e Toni Martínez.