Beto anuncia o final da carreira aos 41 anos: "Das decisões mais difíceis da minha vida"
Jogador internacional português conquistou a Liga das Nações e foi campeão português, espanhol e romeno. Na TSF, confirma que pensa continuar ligado ao futebol, mas quer perceber primeiro onde pode "ser útil".
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O guarda-redes português Beto anunciou esta sexta-feira, aos 41 anos, o final da carreira de futebolista após 33 anos de "realização plena" passados nos relvados e reconhece, na TSF, que é uma das "decisões mais difíceis" que teve de tomar.
"Acho que demorei alguns meses a capacitar-me e a aceitar, vá lá, digamos assim, que teria de tomar esta decisão", confessa o antigo internacional português. Ciente de que "tudo tem um final, como tudo tem um princípio", sabe "que este dia teria de chegar, que esta decisão teria de se tomar algum dia".
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"Obviamente, se calhar demorei algum tempo, primeiro a aceitá-la, para depois poder eventualmente anunciá-la sem ter qualquer tipo de problemas em fazê-lo", explica o guardião.
Numa mensagem publicada nas redes sociais, António Alberto Pimparel - conhecido apenas por Beto - agradece aos clubes que representou durante toda a carreira, sendo o mais recente deles o HIFK, de Helsínquia.
"Casa Pia, Leixões SC, GF Chaves, FC Marco, SC Farense, FC Porto, Sporting CP, SC Braga,OBRIGADO. Sevilla FC, GRACIAS. Göztepe SC, TESEKKÜR. CFR Cluj, MULTUMESC. HIFK Helsinki, KIITOS. Seleção Portuguesa de Futebol, OBRIGADO", lê-se.
"Não gostaria de ser mais um"
O que guarda da carreira e o que esta lhe deu fazem-no ser "muito grato ao futebol", garante, e à geração de futebolistas a que pertenceu: "Muito, muito grato, porque tudo aquilo que eu tenho, tudo aquilo que a minha família tem, todas as pessoas que eu consegui ajudar, instituições, tudo aquilo que eu consegui fazer, foi tudo graças ao futebol. Obviamente, graças à minha dedicação e ao meu trabalho, à minha dedicação ao futebol, mas foi o futebol que mo permitiu."
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Depois de 33 anos a jogar, o agora ex-guarda-redes reconhece que "obviamente" pensa ficar ligado ao futebol, mas quer primeiro perceber onde pode "ser útil".
"Não gostaria de ser mais um no futebol. Não, gostava de ser alguém importante para o futebol, de dar o meu contributo positivo para o futebol, porque, como disse anteriormente, foi a minha vida toda. A minha paixão é o futebol e, portanto, acho que posso, com todo o meu percurso, com toda a minha experiência, adicionar algo, ou mais alguma coisa", explica.
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Internacional "A" por 16 vezes, representou também Portugal nos escalões de formação, entre os sub-15 e os sub-21, tendo vencido a Liga das Nações pela seleção nacional em 2018.
Venceu a Liga Europa por quatro vezes - uma pelo FC Porto e três pelos espanhóis do Sevilla FC -, conquistou também três Supertaças Cândido de Oliveira, duas Taças de Portugal, uma Liga Portuguesa, uma Taça da Liga, uma Segunda Liga portuguesa e uma Liga romena.