Numa conversa de pouco mais de 30 minutos com um pequeno grupo de sócios, Bruno de Carvalho terá confirmado que não se recandidata e que não tenciona impugnar a Assembleia deste fim de semana. Depois, foi embora sem falar aos jornalistas.
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Entrou pelas traseiras, saiu pela porta da frente. Sempre rodeado de um grupo de adeptos, Bruno de Carvalho decidiu fazer um pequeno discurso, à porta do Altice Arena, local que acolheu a Assembleia Geral histórica do Sporting. Histórica porque o destituiu. Histórica porque nunca na vida do clube tinha acontecido algo parecido.
Durante a semana, Bruno de Carvalho já tinha prometido que, se perdesse esta Assembleia Geral, não voltava "a meter os pés no Sporting" e que não se recandidatava à presidência. Consumada que estava a derrota, Bruno voltou a dizer o mesmo. Só que, desta vez, não o disse aos microfones dos jornalistas - que ele tanto criticou - nem em conferência de imprensa. Disse-o ao grupo de adeptos que o "protegeram" e apoiaram até ao fim.
Ao que a TSF apurou, Bruno de Carvalho reafirmou que não tem qualquer intenção de se recandidatar às eleições marcadas por Jaime Marta Soares para dia 8 de setembro, mas disse mais:que não vai tomar qualquer medida no sentido de impugnar esta Assembleia Geral.
Quando terminou este discurso - que a PSP ajudou a manter longe dos jornalistas - Bruno de Carvalho dirigiu-se ao carro, já depois das duas da manhã, e foi embora.
Porta-voz de Bruno de Carvalho defende mudança de estatutos
Ainda os resultados da Assembleia Geral não eram conhecidos, e na televisão oficial do Sporting já se defendia uma revisão dos estatutos. Fernando Correia, ex-jornalista escolhido por Bruno de Carvalho para ser seu porta-voz, afirmou que "não faz sentido que um sócio com muitos anos de sócio tenha direito a mais votos." Sublinhando que se tratava apenas de uma opinião, Fernando Correia defendeu que "o sistema um homem, um voto, dava mais sentido à democracia".