Buscas a casa de Jesus não tiveram a ver com transferência de Júlio César, diz advogado

Luís Miguel Henrique explicando as buscas feitas à casa de Jorge Jesus
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O advogado Luís Miguel Henrique explicou que estas buscas serviram para encontrar documentação relativa à compra de uma casa que coincide no tempo e nos valores com a transferência do guardião brasileiro para o Benfica.
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O advogado de Jorge Jesus desmentiu que as buscas feitas na caso do treinador do Benfica estejam relacionadas com investigações acerca da transferência do guarda-redes Júlio César do Belenenses para a Luz.
Luís Miguel Henrique esclareceu que estas buscas serviram para encontrar documentação relativa à compra de uma casa que coincide no tempo e nos valores com a transferência do guardião brasileiro para o Benfica.
Numa declaração aos jornalistas, este advogado explicou que a PJ pediu a Jorge Jesus a «cópia da escritura e do pagamento não por ele estar a ser investigado mas pela empresa que estava a vender a casa».
«Em momento algum, o Jorge Jesus é suspeito em relação a este processo. Em momento algum, Jorge Jesus recebeu qualquer tipo de comissão em relação a este negócio ou qualquer outro», sublinhou.
Luís Miguel Henrique clarificou ainda que não há corrupção neste caso, já que o «Belenenses tinha direito a 300 e recebeu 500 e ninguém desapareceu com 500 mil euros e ninguém foi subornado».
«Se a empresa tivesse vendido por 700 mil tinha ganho 200 e tal mil euros e aí havia imposto a pagar. Mas ele, o João Cristo, não conseguiu manter o negócio como devia estar feito e dos 700 recebeu 335», acrescentou.
O advogado de Jorge Jesus lembrou ainda que este empresário como tinha gasto mais de 400 mil euros acabou por ter um prejuízo de 78 mil euros não havendo, por isso, imposto a reportar.
«Não havendo imposto não há burla fiscal e por isso não há branqueamento de capital. Tudo o que falam cai em efeito de dominó», concluiu.