Críticas de Villas-Boas são "disparatadas", lance de Pavlidis é "normal" e admite queixa contra Alan Varela
Em entrevista à TSF, Rui Costa considera curioso que o caso da transferência de German Conti para a Rússia tenha vindo a público a 15 dias das eleições.
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O presidente do Benfica, Rui Costa, considera que as críticas de André Villas-Boas são "disparatadas", assim como a queixa contra Vangelis Pavlidias, mas admite responder na mesma moeda relativamente a Alan Varela.
Em entrevista à TSF, o líder das águias começa por dizer que "não é a primeira vez que" os dragões "fazem comunicados a lamentar-se" com arbitragens, dando um exemplo da última semana com a equipa B, considerando "descabidas" as críticas do líder do FC Porto.
Sobre a queixa dos dragões contra Pavlidis, devido a um lance no início do clássico com Gabri Veiga, em que o FC Porto pede a expulsão do grego por agressão, Rui Costa considera que é "um absurdo", visto que é "um lance normal de jogo".
Ainda assim, admite responder na mesma moeda, com uma queixa contra Alan Varela, por causa de um lance com Pavlidis: "Se vamos apresentar queixas sobre uma situação daquelas normal, nós também teremos razões para o fazer. Se me agrada entrar numa situação do género? Não, não me agrada, mas é uma resposta e se vale para um lado, tem de valer para o outro."
O presidente das águias acusa ainda André Villas-Boas de mentir, quando disse que o Benfica tem jogadores a receber oito milhões de euros por época: "E mesmo que tivesse, era um problema do Benfica."
Rui Costa recusa as acusações de coação sobre a arbitragem, considerando que quer que os atletas sejam os protagonistas do futebol português, mas concorda com o presidente portista na gravidade do mapeamento dos órgãos sociais da Federação Portuguesa de Futebol, discutida entre Pedro Proença e Frederico Varandas.
Questionado sobre o dinheiro recebido pela transferência de German Conti, na Rússia, que chegou ao Ministério Público devido à violação das sanções à Federação Russa relativa à Guerra na Ucrânia, Rui Costa reitera que não tinha conhecimento do processo e diz que não quer "uma nuvem" à volta de si e do Benfica.
"Estava em segredo de justiça, não podia falar (...) Não deixa de ser curioso que esse adiamento foi feito em junho ou julho e o tema surge a 15 dias das eleições", lamenta.