A capitã deu o exemplo e decidiu. Olga Carmona apontou o único golo da final frente à Inglaterra. Veja o lance.
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A Espanha é a nova campeã mundial de futebol feminino. A seleção bateu a Inglaterra por 1-0, no jogo da final disputado em Sidney, na Austrália. O único golo do encontro foi apontado aos 29 minutos pela defesa do Real Madrid, Olga Carmona.
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Um golo de Olga Carmona, aos 29 minutos, foi suficiente para as espanholas levarem de vencida a Inglaterra e vencerem o seu primeiro Mundial à terceira participação na competição, depois de terem caído na fase de grupos em 2015 e nos oitavos de final em 2019.
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Na segunda parte, Jennifer Hermoso ainda falhou uma grande penalidade da La Roja.
Já a Inglaterra, campeã europeia em título, alcança também a sua melhor participação num Campeonato do Mundo, uma vez que nunca tinha atingido a final, tendo sido terceira classificada em 2015 e quarta em 2019.
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Este é um título histórico. É a primeira vez que a Espanha vence um campeonato do mundo de futebol feminino, sucedendo assim à congénere dos EUA.
A Espanha é também o segundo país do mundo, a seguir à Alemanha, a conquistar um título mundial em futebol masculino e feminino.
O treinador espanhol não esconde o orgulho que sente e sublinha que a Espanha soube "jogar e soube sofrer"
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"Estou orgulhosíssimo desta equipa. Estou muito feliz por todos os que estão em Espanha a ver-nos. Demonstramos como podemos jogar, e como sabemos sofrer. Esta equipa acreditou e somos campeões do mundo. Agora o que queremos é celebrar", disse.
O último lugar do pódio do Mundial 2023 ficou entregue à Suécia, que no sábado venceu por 2-0 a Austrália, uma das anfitriãs, no encontro de atribuição do terceiro e quarto lugares.
Isabel Osório, comentadora de futebol que acompanhou na TSF os jogos do Mundial Feminino, explica o triunfo deste domingo com uma fórmula simples: "Acreditar."
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"O segredo [...] é dar as mesmas oportunidades - sejam homens ou mulheres - na sociedade, nas profissões no desporto e o segredo é esse: é acreditar, dar condições e desde muito novos permitir que o futebol seja uma prática possível para as raparigas, educar os pais - a escola tem muita importância nisso", destaca, em declarações à TSF.
A comentadora considera ainda que este campeonato trouxe um "novo olhar" sobre aquilo que é, afinal, o futebol feminino.
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"Face à afluência de pessoas nos estádios e à quantidade absurda de pessoas que viram na televisão, nas suas casas - Portugal-EUA foi um desses casos com imensa gente a ver nas suas casas -, eu creio que a maior visibilidade deste mundial, o trabalho que a FIFA fez em acrescentar mais equipas no Mundial, eu penso que trará um novo olhar daquilo que é o futebol jogado pelas mulheres", defende.
Em Portugal, a comentadora não espera que o impacto seja sentido "no imediato".
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"Eu creio que o trabalho que as federações, as associações e os clubes têm feito em prol do futebol feminino português tem sido um trabalho positivo, paulatino e eu creio que esse será o crescimento", diz, antes de acrescentar que a participação portuguesa no Mundial trouxe "mais visibilidade ao futebol português".
"Mas tem de ser na continuidade, ou seja, temos de ir às fases finais dos europeus, dos mundiais. O crescimento não será tão grande como na Austrália ou noutros países do mundo mais desenvolvidos", reitera.