"Engalenado" para a festa, FC Porto entra na Champions com vitória sobre o Shakhtar
Veja os golos. Dragões somam os primeiros três pontos no grupo H da edição 23/24 da Liga dos Campeões.
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A noite da estreia em mais uma edição da Liga dos Campeões é quase sempre de gala, seja qual for a dimensão de um clube. Só que, esta noite, o FC Porto não se engalanou: engalenou-se, culpa de um irrequieto luso-brasileiro de 25 anos que pôs em água as cabeças dos defesas ucranianos.
Com dois golos e uma assistência para Taremi, Galeno foi a peça central da vitória portista por 3-1 - Kelsy marcou para os de Donetsk - sobre o Shakhtar em Hamburgo, casa emprestada dos ucranianos, num jogo a contar para a primeira jornada do Grupo H da Liga dos Campeões.
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Com este resultado, os dragões somam os primeiros três pontos no agrupamento, os mesmos que o Barcelona, que esta noite venceu o Antuérpia por 5-0, com bis e assistência de Félix. Os belgas, com cinco golos sofridos, ocupam o último lugar do grupo.
A vantagem dos dragões chegou cedo ao relvado de Hamburgo. Depois de uma jogada construída pelo corredor central, André Franco apareceu na cara de Riznyk e rematou para defesa incompleta do guardião ucraniano. Galeno, que vinha de trás, encostou na passada para o 1-0.
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A festa portista só durou, no entanto, cinco minutos, porque Kelsy cabeceou à boca da baliza, nas costas de Pepe, para o 1-1... Até que Galeno recuperou os festejos.
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Após uma tentativa de sair a jogar pela esquerda por parte dos ucranianos, o brasileiro ganhou o duelo com Konoplia depois de um passe que atravessou todo o campo e avançou para o segundo golo da conta pessoal e dos dragões.
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E se Galeno não fez um hat-trick ainda antes da meia hora de jogo, andou lá perto: aos 29' não marcou, mas deu a marcar. O extremo surgiu em velocidade pela esquerda, aguentou a bola até onde podia e cruzou para Taremi, que encostou à boca da baliza.
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A história da primeira parte acabava por contar-se apenas com o nome de Galeno. Numa noite especial em que ainda beneficiou do que pareceu ser muito pouca preparação, do lado ucraniano, para lidar com o rapidíssimo extremo: demasiado espaço, demasiado tempo e o treinador Patrick Van Leeuwen a ver a vida a andar para trás. Por seu lado, Sérgio Conceição ficou satisfeito com o que viu e aproveitou para lançar Wendell no lugar de Zaidu.
A vencer por dois golos, os portistas puderam abrandar o ritmo do jogo de tal forma que Galeno, quando viu Lemkin agarrar-se à perna mesmo à sua frente, virou costas e pontapeou a bola para fora pela linha lateral num gesto de fair-play. Lemkin já não voltaria mesmo a jogar e saiu do relvado acompanhado por Stepanenko e Kelsy: entraram Azarovi, Bondarenko e Kashchuk.
Conceição respondeu com duas alterações, fazendo entrar Jorge Sánchez para o lugar de João Mário e Nico para o lugar de Ivan Jaime. Fechava a ala direita e dava mais corpo ao meio-campo, isto numa altura em que os ucranianos pareciam estar a ganhar fulgor.
A estratégia resultou, os ucranianos também perderam algum do pendor ofensivo e o FC Porto limitou-se a gerir o resultado até ao final. Gonçalo Borges ainda foi a jogo para explorar qualquer atrevimento mais fatal do Shakhtar e seguiu-se-lhe Francisco Conceição para o lugar do rei do baile: Wenderson Galeno.
Onze do Shakhtar Donetsk: Riznyk, Konoplia, Lemkin, Rakistskyy, Miroshi, Stepanenko, Sudakov, Zubkov, Nazaryna, Sikan e Kelsy
Onze do FC Porto: Diogo Costa, João Mário, Pepe, Carmo, Zaidu, Eustáquio, Alan Varela, Ivan Jaime, André Franco, Galeno e Taremi
O árbitro do jogo foi o italiano Davide Massa, auxiliado por Filippo Meli e Stefano Alassio. No VAR esteve Aleandro Di Paolo, assistido por Massimiliano Irrati.
Suplentes do Shakhtar Donetsk: Rudko, Puzankov, Castillo, Eguinaldo, Kryskiv, Gocholeishvili, Azarov, Bondarenko, Ocheretko, Kozik e Kashchuk
Suplentes do FC Porto: Cláudio Ramos, Fábio Cardoso, Grujic, Francisco Conceição, Sánchez, Nico, Wendell, Fran Navarro, Romário Baró, Toni Martínez e Gonçalo Borges
Conceição não pode contar com os lesionados Iván Marcano, Danny Namaso e Evanilson nem com Pepê, castigado.