Feliz com qualificação olímpica, Ana Cabecinha está à procura de "uma medalha individual"
Para o sucesso deste domingo, com o tempo de 01:28.49 horas, que lhe valeu o nono lugar na prova dos Mundiais de atletismo, a marchadora afirma à TSF que lhe valeram os genes alentejanos e o facto de estar a morar e a treinar "há muitos anos" no Algarve.
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A portuguesa Ana Cabecinha, que conseguiu este domingo a marca de qualificação para os Jogos Olímpicos Paris 2024 nos 20 quilómetros marcha, não escondeu a felicidade com a conquista e afirma que, para terminar a carreira "em grande, falta uma medalha individual".
"Claro que aí era acabar em grande, aí nem ponderava, se calhar acabava logo [a carreira], mas a marcha evoluiu bastante então temos de ver muita coisa - e ainda vai evoluir mais, porque no ano olímpico os atletas raramente falham e eu espero ser uma dessas atletas que não falha e que esteja na luta para andar de igual igual com as atletas medalhas e é para isso que eu vou treinar", confessou à TSF Ana Cabecinha, que se mostrou motivada com os jogos Olímpicos de 2024.
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A atleta lusa diz que apesar de ter várias taças da Europa, não tem taças "num campeonato da Europa ou do Mundo", pelo que a conquista de algum destes prémios é o objetivo da sua carreira, que, com 39 anos, diz ter de ser gerida "de outra forma".
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"Porque nós, a partir dos 35 anos, temos de gerir a nossa carreira de outra forma e nós tivemos de gerir a carreira para tentar estar em Paris. E a carreira tem de ser gerida de outra forma e nós rodeamo-nos de pessoas maravilhosas que têm feito esse trabalho para que eu consiga estar bem nesta fase da época", explica Ana Cabecinha, que enaltece o seu treinador, bem como a equipa que a rodeia, um grupo a quem diz dever "muito" daquilo que é a sua carreira.
"O meu treinador sempre conseguiu que eu chegasse aos grandes campeonatos na minha melhor forma e na minha melhor fase da época e, nos últimos anos, temo-nos rodeado de uma equipa maravilhosa que tem feito esse trabalho para que eu consiga estar bem [...] e a eles eu devo muito esta minha carreira, a minha final de carreira e os meus últimos campeonatos entrarem sempre no top 10", defende.
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Para o sucesso deste domingo, com o tempo de 01:28.49 horas, que lhe valeu o nono lugar na prova dos Mundiais de atletismo, em Budapeste, a marchadora do CO Pechão afirma que lhe valeram os genes alentejanos e o facto de estar a morar e a treinar "há muitos anos" no Algarve.
"Eu sendo alentejana - e estando já nos meus genes o calor - e vivendo há muitos anos no Algarve e habituada a treinar nestes meses - felizmente sempre preparei os grandes campeonatos em julho e agosto -, isso faz com que eu me adapte muito bem ao calor, mas claro que isso tudo se treina", afirma.
A atleta de 39 anos, que considera que o facto treinar em meses onde o calor se faz sentir de forma mais intensa, sublinha ainda que este domingo "felizmente, não houve grande humidade e isso ajudou bastante a que a prova fosse melhor na parte final.