O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) disse hoje querer conhecer melhor a intenção de tornar obrigatório o policiamento dos estádios anunciada pelo ministro da Administração Interna (MAI).
Corpo do artigo
Em declarações à agência Lusa, em Maputo, onde se deslocou integrado na comitiva do ministro português dos Assuntos Parlamentares, Fernando Gomes considerou que as medidas para aumentarem a segurança nos estádios «são para aplaudir», ressalvando que ainda não conhece a fundo as intenções de Miguel Macedo.
Na quinta-feira, o MAI anunciou que pretende tornar obrigatório o policiamento nas competições desportivas profissionais, na sequência dos incidentes violentos no registados em Guimarães.
«Não conheço em detalhe quais são as ideias do MAI, mas, acima de tudo, aquilo que nos preocupa e sempre preocupou é que o futebol seja um espetáculo para as famílias, que seja feito em segurança, em que não haja violência e exista o 'fair-play'», referiu Fernando Gomes.
Remetendo qualquer consideração para quando conhecer as alterações legislativas, Fernando Gomes disse esperar que estas melhorem a segurança e levem mais pessoas aos estádios.
«Se estas medidas em concreto servem para que as pessoas se sintam mais seguras e as levem a ir aos estádios, só temos de aplaudir. Mas tenho de conhecer em particular aquilo que o ministro está a pensar desenvolver e alterar para ter uma opinião mais concreta», acrescentou.
Fernando Gomes revelou que o Boavista ainda não apresentou qualquer pedido de indemnização junto da FPF, na sequência da decisão do Conselho de Justiça, que considerou que o processo que conduziu o clube do Porto à descida de divisão estava prescrito.
«Que seja do meu conhecimento, não», disse, quando inquirido sobre a entrada na FPF de um pedido de indemnização pelo Boavista.
O dirigente sublinhou ainda não ter, de momento, «uma opinião concreta» sobre a situação axadrezada.
«Estamos a analisar as consequências dessa decisão, para depois podermos ponderar, tomar uma decisão concreta e definitiva que salvaguarde os interesses de todas as partes, nomeadamente, da FPF e do futebol em si», concluiu.