Filipe Froes: Casos positivos eram "previsíveis" mas não põem em risco a I Liga
O consultor da Liga de Clubes e da Direção Geral de Saúde (DGS) considera que, tendo em conta o número de profissionais já testados, a percentagem de casos positivos (cerca de 0,5%) representa um risco "praticamente nulo".
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O médico e pneumologista Filipe Froes garante que o número crescente de casos positivos entre atletas da I Liga de futebol não coloca em causa o regresso do campeonato. O consultor da Liga de Clubes e da Direcção Geral de Saúde (DGS) considera que, tendo em conta o número de profissionais já testados -mais de 2.000 para cerca de dez casos positivos -, a percentagem de casos positivos representa um risco "praticamente nulo".
"Todas estas situações estão previstas. O que está a acontecer é expectável e não põe, de modo algum, em causa a retoma do futebol", considera do pneumologista que acompanhou a Liga nas negociações para a retoma dos campeonatos.
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"Este rastreio inicial permite precisamente detetar os casos numa fase em que os jogadores podem ser isolados e assim, quebrar o risco de transmissão a outros jogadores", explica, em entrevista à TSF, depois da notícia do jornal Record, de um novo caso entre atletas profissionais, desta vez no FC Porto.
"Se avaliarmos que foram feitos mais de 2.000 testes feitos e cerca de dez casos positivos, então a taxa de testes positivos é inferior a 0,5%, ou seja, o risco é praticamente nulo". Os testes das últimas semanas abrangera não só os atletas, mas também os profissionais ligados à estrutura de futebol de clubes da I Liga. "Depois de uma testagem a milhares de pessoas, estamos a falar de uma percentagem ínfima de casos".
Uma situação previsível, diz Filipe Froes
"Vão aparecer provavelmente mais casos, esses casos serão isolados. A estratégia definida pela Liga, pela Federação Portuguesa de Futebol e expressa no documento da DGS prevê que, quando isso acontece, os doentes positivos têm de ser submetidos ao isolamento previsto, e o restantes que testam positivo continuam a jogar", concluí Filipe Froes.
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O consultor da Liga para a situação de crise considera improvável que surja uma grande quantidade novos casos já depois de retomadas as provas. "Não é provável que aconteçam muitos casos em pleno campeonato. Os jogadores vão ser testados frequentemente", Para além dos testes à covid-19 feitos pelos clubes, os ateltas são ainda, lembra o medico, acompanhados por equipas clinicas diariamente, antentos a quaisquer sintomas de doença, com avaliação de temperatura e um código de conduta definido para treinos e jogos.