A Comissão Disciplinar da Liga de Clubes pode não aceitar como prova a gravação das alegadas ofensas de Luis Filipe Vieira junto aos balneários da Luz. José Manuel Meirim afirma que pode ser considerada «prova proibida».
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Em entrevista à TSF, o especialista em direito desportivo José Manuel Meirim afirma que se o Sporting apresentar como provas das alegadas ofensas de Luis Filipe Vieira a Luis Duque os registos áudios, os mesmos podem não ser ser aceites como elementos de prova.
«Qualquer registo desse tipo incorre, na minha opinião, na grande possibilidade de não ser ser tomada em consideração», disse.
Meirim justifica a opinião com «a provável falta de consentimento pela parte que está a ser filmada ou gravada».
«Trata-se de algo, no meu entender, privado, que pode ser considerado uma prova proibida», acrescentou.
Um dos exemplos mais recentes de recusa de registos vídeo e áudio, como elemento de prova pela Comissão Disciplinar da Liga de Clubes, foi o mediático caso do túnel da Luz.
«No caso das gravações no caso Hulk e Sapunaru, a própria Liga afastou esse elemento de prova, por força do facto de a lei apenas considerar que seriam válidas em caso de violência entre espectadores», afirmou.
Contudo, tudo isto não impede os "leões" de apresentarem queixa contra o presidente do Benfica e outros meios de prova, algo que poderá ainda acontecer esta semana.