
Sporting festeja golo
GI
O Sporting venceu hoje em Alvalade o Paços de Ferreira (1-0), em jogo do grupo C da Taça da Liga de futebol, marcado pela estreia de Jesualdo Ferreira e pela quinta vitória da época dos "leões".
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Mas se o triunfo leonino é notícia, a verdade é que a exibição esteve ao nível das que marcaram o "consulado" do belga Franky Vercauteren, ou seja, medíocre, ainda sem o vislumbre de qualquer melhoria.
O Sporting chegou ao golo a um minuto do final do tempo regulamentar, numa cabeçada do holandês Ricky van Wolfswinkel, a antecipar-se à defesa pacense, após cruzamento de Capel, mas a verdade é que o Paços de Ferreira, a quem o empate bastava, controlou e geriu o jogo durante largos períodos da partida.
A equipa nortenha acabou por ser "traída" no final da partida, pagando a fatura de não ter sido mais contundente e eficaz no último terço do campo, acabando por se ver afastada da prova, ao ser ultrapassada pelo Rio Ave.
Quem controla o jogo, como o fez o Paços, mas não é capaz de fazer um golo - teve duas grandes oportunidades, uma delas por Caetano na primeira parte e outra por Jaime Poulson, ambas negadas por Marcelo Boeck -, corre o risco de perder.
De resto, a forma como o Paços de Ferreira jogou em Alvalade, assumindo a iniciativa, evidenciando princípios de jogo bem assimilados, marcando os ritmos, é sinónimo do excelente trabalho do seu técnico e também da crise que vive o Sporting.
O novo treinador "leonino" não mexeu no sistema de jogo, mas em algumas pedras, com destaque para a passagem de Jéffren para o eixo central, oscilando entre a posição 8 e 10, com Adrien a seu lado, mais condicionado nos seus movimentos, e com Rinaudo mais encostado à defesa.
A verdade é que tais mexidas não surtiram efeito visível, pois não era expectável que, no espaço de 48 horas, Jesualdo pudesse alterar o estado de coisas, incutindo confiança em jogadores a quem a bola "queima".
A verdade é que o Sporting voltou a demonstrar todas as fragilidades que têm caracterizado as suas exibições na presente época, desde a ausência de um fio de jogo à incapacidade para jogar em pressão alta e em colocar intensidade no jogo, razão pela qual o Paços de Ferreira pôde circular e manter a bola em sua posse.
Valeu aos escassos adeptos leoninos, o facto de Jesualdo ter lançado o jovem Zezinho, da equipa B, aos 56 minutos, que teve o condão de espevitar e animar as bancadas com a forma desinibida como entrou rapidamente no jogo.