"Mister, o meu jogo foi lixo", dizia às vezes Quaresma a Jesualdo Ferreira. Da irreverência no FC Porto, à maturidade e ao renascimento com Fernando Santos e à parceria com Ronaldo.
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Será que este Ricardo Quaresma, que parece ter reencontrado a "varinha mágica" na seleção nacional, é o mais parecido com aquele jovem irreverente que Jesualdo Ferreira potenciou no FC Porto?
Jesualdo Ferreira primeiro ri-se, depois faz uma pausa para respirar. Mas tem a resposta pronta. "O Ricardo fez as duas melhores épocas da carreira dele - na minha opinião e também na dele, porque já a expressou - nesses dois anos, no FC Porto".
Foi um trabalho "muito giro" e também "muito sério que tivemos em conjunto, com equipas que também eram muito fortes. O FC Porto foi duas vezes campeão e já havia sido antes com Co Adriaanse".
Nesta entrevista à TSF, Jesualdo Ferreira, que conhece como poucos Ricardo Quaresma fala de alguém que está diferente, do amadurecimento do mustang, mas que continua a exibir tudo aquilo que tinha dentro. Um talento tremendo, capacidade técnica invulgar, uma leitura de jogo muito boa. Eu não me recordo de ter um jogador que fosse capaz de jogar a dois toques como o Ricardo Quaresma".
Aqui muita gente poderá ficar admirada com esta ideia de Jesualdo Ferreira, sobre um jogador do qual se pode facilmente dizer que "só quer a bola para ele", essa frase tão batida em qualquer desafio de rua, de bairro ou campo de treino. Mas o treinador dá uma explicação sobre esse e outros fenómenos, que se cruzam num jogador deste "calibre", a relação de proximidade com Cristiano Ronaldo e o papel crucial de Fernando Santos.