Algumas curiosidades sobre o "mágico" que voltou a fazer das dele, motivado por Fernando Santos e, quem sabe, pelo título de campeão da Turquia, conquistado ao serviço do Besiktas.
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Pode ou não haver relação entre uma coisa e outra. Certo é que, depois de ter deixado o FC Porto, numa segunda passagem em que chocou "de frente" com Julen Lopetegui, Ricardo Quaresma vive um momento particularmente feliz, retribuindo a confiança que Fernando Santos nele depositou.
Esta quarta-feira marcou, pela primeira vez, dois golos num jogo da seleção nacional, em 50 internacionalizações.
À exibição de gala, numa goleada histórica perante a Estónia (7-0 nunca tinha acontecido frente aquele país báltico), junta ainda o golo que deu brilho ao Portugal-Noruega. E ficou a centímetros de calar Wembley, quase da mesma maneira, aquando do Inglaterra-Portugal.
Antes destes três jogos finais de preparação, já tinha contribuído decisivamente na fase de qualificação, para que Portugal somasse apenas vitórias, a partir do descalabro inédito frente à Albânia.
Tudo começou em Copenhaga. Quaresma só precisou de 6 minutos em campo. Ao cair do pano, bateu o canto para a cabeça de Cristiano Ronaldo. Melhor é impossível, terá pensado Fernando Santos, naquele instante final do encontro com a Dinamarca, em que tudo mudou.
Foi, afinal, um triunfo importantíssimo que começou a colocar Portugal nos trilhos do apuramento. Depois, viriam outras ocasiões em que Quaresma apareceu, precisando igualmente de poucos minutos para ajudar a desbloquear defesas fechadas ou jogos que caminhavam inexoravelmente para o fim, sem que Portugal marcasse.
Esta época foi campeão pelo Besiktas, na segunda passagem por um dos grandes de Istambul onde Quaresma é idolatrado e onde ajudou conquistou o 12º campeonato na história do clube, sete anos depois do último. Quaresma foi titular em 30 dos 37 encontros que realizou na temporada. Na Liga turca, apontou três golos e contou seis assistências.
À beira de completar 33 anos, a 26 de setembro, aquele que Lazlo Bölöni apelidou de mustang e com quem foi campeão no Sporting em 2002, parece estar aí para as curvas. Daquelas que a bola faz, quando remata à baliza ou nas trivelas que aplica, ao assistir esta quarta feira Cristiano Ronaldo ou a marcar à Bélgica, nesse distante 2007, em Alvalade.
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Dali, daqueles pés e daquela cabeça, desde que motivado, dá a sensação aos adeptos do futebol de que tudo é possível. Rapidamente vêm à memória de todos aqueles tempos em que Jesualdo Ferreira "domou" Quaresma, na primeira passagem pelo FC Porto, onde foi tricampeão nacional, entre 2006 e 2008, antes de protagonizar mais uma mediática transferência, desta vez para o Inter de Milão.