Encarnados garantem a presença nas meias-finais da Taça de Portugal. Veja o golo
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O Benfica de Bruno Lage visitou Guimarães para dar início "ao resto da sua época" e conseguiu, para já, o acesso às meias-finais da Taça de Portugal. Valeu o golo solitário de João Félix para marcar encontro com o vencedor do embate entre Sporting e Feirense.
Começou a todo o gás a partida em Guimarães, com o Benfica a assumir a iniciativa ofensiva e Zivkovic a entrar com "pés de lã" na grande área vitoriana. O sérvio controla a bola em pleno voo e cola-a ao pé esquerdo, ultrapassando um adversário. No cara a cara com Miguel Silva, foi o guarda-redes quem levou a melhor.
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Se Lage assumiu que queria ver a equipa adaptar-se ao 4x4x2, o início de jogo em Guimarães veio confirmar esse desejo, ainda que com uma pequena nuance: João Félix assume-se como 10 e procura jogar, dentro do possível, em apoios com os homens dos corredores laterais. Seferovic, por sua vez, escolhe descer no terreno para, também ele, procurar ter a bola na pé.
Quem teve a bola no pé e cabeça para saber onde a colocar, aos 14 minutos, foi Rúben Dias. O central benfiquista fez um passe do seu meio-campo defensivo para a grande área do Vitória onde João Félix recebeu a bola. Após alguma insistência e com algum engenho, o jovem avançado conseguiu fazê-la passar por Osorio e Miguel Silva, abrindo o marcador.
O golo encarnado foi seguido de uma boa reação vimaranense, principalmente por intermédio de Guedes, o herói da final da Taça de Portugal da última época, na altura ao serviço do Aves. O avançado português visou, por duas vezes, a baliza de Svilar, situações que o belga resolveu com relativa facilidade.
O Benfica podia ter chegado ao segundo golo à passagem do minuto 35 e por intermédio de um jogador do Vitória. André Almeida faz uma incursão pelo lado esquerdo do ataque benfiquista e cruza a bola para interior da grande área. No meio da floresta de pernas, a bola acabou por seguir o caminho da baliza antes de ser afastada por Miguel Silva. Até ao final da primeira parte os vitorianos ainda esboçaram algumas tentativas de golo, sobretudo através de remates de longe, mas sem efeito.
O reinício da partida trouxe uma entrada em campo que tem vindo a rarear na equipa encarnada: Samaris rendeu Fejsa. O sérvio até tinha estado em bom plano durante a primeira parte, mas Bruno Lage poderá querer avaliar a viabilidade de Samaris enquanto seu substituto natural na posição de médio defensivo.
A alteração pareceu trazer mais capacidade de pressão aos benfiquistas, que faziam encaixar João Félix e Seferovic nos centrais adversários. Davidson e Ola John eram quem mais problemas trazia aos defesas benfiquistas. Foi aos 75 minutos que o Vitória conseguiu entrar com mais perigo no último terço do meio-campo benfiquista, com Hélder Ferreira a cruzar uma bola que só não foi fatal porque Jardel, em esforço, conseguiu desviá-la com o calcanhar.
Além da pressão sentida no relvado, era também a partir das bancadas que os vimaranenses conseguiam descompor a formação benfiquista. A estratégia dentro e fora de campo encostava cada vez mais os encarnados às cordas e, com um Svilar muito pouco seguro (mas que melhorou muito nos últimos minutos do encontro), os anfitriões sentiam que o empate poderia estar perto. As hostes encarnadas foram absorvendo a pressão e, não fosse a exibição praticamente incólume de Rúben Dias, o resultado poderia mesmo ter sido outro. Fica, mais uma vez, na retina a exibição de João Félix.
João Félix inaugurou o marcador aos 14'.
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Onze do Vitória de Guimarães: Miguel Silva; Sacko, Osório, Pedro Henrique, Rafa Soares; Wakaso, Amoah, Mattheus; John, Davidson, Guedes.
Onze do SL Benfica: Svilar, André Almeida, Rúben Dias, Jardel, Grimaldo, Fejsa, Gabriel, Pizzi, Zivkovic, João Félix e Seferovic.
Suplentes do Vitória de Guimarães: Douglas, Florent, Pepê, Hélder, João Teixeira, Oscar, Venâncio.
Suplentes do Benfica: Odysseas, Samaris, Gedson, Krovinovic, Cervi, Salvio e Castillo.
Antes do início deste jogo, a TSF deixava no ar uma pergunta: Vão os 'grandes' comer tudo e nada deixar?
O jogo no Estádio D. Afonso Henriques é arbitrado por Hugo Miguel, assistido por Ricardo Santos e Bruno Trindade.