Prólogo, castelo de Palmela iluminado, chegada a Setúbal de amarelo, de braços erguidos para mais uma vitória. Vitória em Bragança sem adversários no campo de visão. Aconteça o que acontecer, Rafael Reis é já um dos heróis da volta.
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Enquanto aguarda pelo fim das entrevistas rápidas a outros atletas, o novo camisola amarela procura um banco. É-lhe servido ali, atrás do pódio, a três metros dos jornalistas - sempre com baias de segurança pelo meio -, uma pequena caixa retangular acompanhada de um talher. Rafael Reis começa de imediato a comer, já de amarelo.
"Já estou farto de arroz e massa. Os nossos massagistas fizeram aveia com frutos vermelhos e iogurte", explica pouco depois. Ciclista de 1 metro e 91 centímetros, deixou a caixa a meio para dar uma palavra aos jornalistas. "Esta vitória foi a cereja, a cerejinha no topo."
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Apesar do esforço acumulado, o ciclista - que começou por dizer nesta volta que já tinha cumprido o objetivo para que fora contratado, isto ao vencer o prólogo, o primeiro dia - insiste nas vitórias de etapa e na camisola amarela. Em Bragança, somou a segunda fuga bem-sucedida na volta. "Soubemos ser frios e calculistas, mas, tendo [Luís] Mendonça comigo, foi muito mais fácil. Queria dar-lhe a vitória, mas acabamos por ter de dar tudo."
Rafael Reis acabou por chegar ao final aproveitando o esforço partilhado com o companheiro de equipa no longo grupo de mais de duas dezenas de fugitivos.