Pedido da FPF pode ser uma tentativa de desresponsabilização, diz Ricardo Costa
Ricardo Costa, ex-presidente da Comissão Disciplinar da Liga, defende que deveria ter sido o Conselho de Disciplina a abrir o processo de inquérito ao dirigente encarnado Rui Gomes da Silva em vez de cair numa possível desresponsabilização.
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O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol remeteu para a Comissão de Instrução e Inquéritos da Liga, presidida por Cláudia Santos, a investigação na sequência das palavras do vice presidente do Benfica, Rui Gomes da Silva.
O dirigente encarnado disse que tanto o Benfica como o presidente do Conselho de Arbitragem, Vítor Pereira, sabiam o que podia acontecer em Coimbra, referindo-se à arbitragem de Carlos Xistra, que acabou por gerar fortes críticas de Gomes da Silva.
«O que publicamente transparece é que, o Conselho de Disciplina terá enviado essas declarações para a Liga sem ter instaurado um processo. Na minha opinião devia o CD ter aberto também um processo. Se o não faz há uma desresponsabilização», explicou Ricardo Costa.
Seja como for, este ex-presidente do Conselho de Disciplina da FPF, deixa em aberto duas possibilidades na atuação dos órgãos disciplinares incluindo um processo disciplinar a Rui Gomes da Silva, que é administrador da SAD do Benfica, que participa nas competições profissionais.
«Um processo de inquérito para averiguar as tais eventuais atuações da arbitragem e/ou um processo disciplinar contra o administrador da SAD do Benfica pelas declarações que atingiram os árbitros desse mesmo jogo», detalhou.