O professor de Direito do Desporto José Manuel Meirim entende que a pretensão dos clubes em destituir o presidente da Liga é um «direito dos associados».
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O professor José Manuel Meirim entende que o presidente da Assembleia Geral da Liga de Clubes não tem motivos para se recusar a convocar uma reunião magna para destituir o presidente Mário Figueiredo.
Em declarações à TSF, este especialista em Direito do Desporto entende que Carlos Deus Pereira deveria olhar para a «questão da legalidade dos termos» em que os clubes pediram esta assembleia geral.
Para José Manuel Meirim, pedir a destituição de Mário Figueiredo «não ofende a lei e não ofende os estatutos e que pretende preencher o exercício de um direito dos associados».
«Não compete ao presidente [da Assembleia Geral da Liga] fazer qualquer juízo sobre o valor da questão da fundamentação», «porque senão fica na mão do presidente da Assembleia Geral nunca haver esse debate no órgão único que tem a competência para decidir a destituição por justa causa», sublinhou.
Ao sublinhar que os estatutos, os regulamentos e o Direito em geral prevêem este tipo de assembleias gerais, José Manuel Meirim entende ainda que os clubes podem agora recorrer para o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol.
Este especialista em Direito do Desporto considera que desta forma será possível a anular o terceiro indeferimento da convocatória de um assembleia geral da Liga por violação de estatutos.