O jogador garante à TSF que, mais do que o momento do ataque à Academia de Alcochete, o incidente continua a perturbar a sua vida.
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Quase dois anos após o ataque à academia de Alcochete, Daniel Podence garante que ainda recebe mensagens de adeptos de futebol com ameaças e discurso agressivo. O jogador, agora no Wolverhampton, considera que o aconteceu aos jogadores após o ataque foi ainda pior que o momento da invasão.
"Mesmo depois do ataque, no ano seguinte ou mesmo nos dias de hoje, continuo a receber imensas mensagens. Perguntam de forma agressiva "por que é que sais-te". Isso magoa-me tanto ou mais do que o ataque", revela o avançado em entrevista à TSF.
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"Foi um dos piores momentos, senão mesmo o pior momento da minha vida", relata o jogador que testemunhou em dezembro de 2019 no julgamento do processo do ataque à academia.
"As pessoas que dizem que foi um minoria que entrou na academia, são as mesmas que me chamam nomes, que me desejam mal. Por isso eu ter ficado muito magoado e sentido", explica o atleta de 24 anos.
Daniel Podence rescindiu contrato com o Sporting na sequência do ataque à academia, em 2018. Rumou ao Olympiakos da Grécia, clube que acabaria por chegar a acordo com o Sporting para resolver o impasse jurídico que se seguiu à saída do avançado.
Em janeiro, o Olympiakos vendeu o jogador português ao Wolverhampton por 20 milhões de euros. Em Inglaterra o atleta cumpriu sete jogos até à paragem forçada do campeonato.