Novak Djokovic vai continuar a defender o título do US Open nas meias-finais, para as quais se qualificou com uma vitória sobre Juan Martin del Potro, num encontro de três "sets" intensos com momentos brilhantes.
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O número dois mundial, de 25 anos, bateu o argentino, de 23, por 6-2, 7-6 (7-3) e 6-4, em pouco mais de três horas, num confronto dos quartos-de-final em que o segundo "set" durou perto de hora e meia (84 minutos), ou seja, mais do que o seu encontro da primeira ronda, contra o italiano Paolo Lorenzi.
«O encontro foi mais equilibrado do que o resultado mostra. Foi um êxito ganhar o segundo 'set'. Houve trocas de bola e pontos incríveis», afirmou o sérvio, que ainda não perdeu um "set" desde o início do quarto e último torneio do Grand Slam da temporada.
Naquela que será a sua sexta meia-final consecutiva em Flushing Meadows, Nova Iorque, "Nole" vai defrontar o espanhol David Ferrer, que eliminou o sérvio Janko Tipsarevic, por 6-3, 6-7 (5-7), 2-6, 6-3 e 7-6 (7-4), numa "maratona" de quatro hora e meia. A outra meia-final opõe no sábado o britânico Andy Murray, quarto cabeça de série e campeão olímpico, e o checo Tomas Berdych, sexto.
«Espera-me outra batalha contra Ferrer. É um dos jogadores mais regulares do circuito nos últimos seis ou sete anos. Não se fala muito dele, mas é um grande competidor», afirmou Djokovic, que não se livra do estatuto de principal candidato à vitória.
Para Del Potro, que o privou o bronze olímpico em Londres2012 - uma enorme deceção para o porta-estandarte da Sérvia -, Djokovic "jogou a um nível muito elevado" e «é o grande favorito para ganhar o torneio».
Após ganhar a primeira partida graças a dois "breaks", Djokovic foi encostado por Del Porto no segundo, sofrendo 10 pontos seguidos de entrada (0-2, 0-30), e viu o argentino servir para igualar o encontro. No entanto, o sérvio fez o "contra-break" e igualou 5-5, antes de desperdiçar três "set points" num 12º jogo que durou 18 minutos. O "set" só se resolveu no "tie-break" a favor de Djokovic.
Del Potro, sétimo cabeça de série e oitavo jogador do Mundo, fez uso das suas fortes pancadas de direita para procurar "winners" e do poderoso serviço em busca de pontos fáceis - a receita que lhe permitiu vencer o US Open em 2009 -, mas o velocíssimo Djokovic estava em todo lado, pronto a devolver todas as bolas, mesmo as que parecia ser impossível.
«'Nole' e Rafa [Nadal] são os únicos a conseguir fazer isto. É duro ter um guerreiro destes pela frente, com capacidades físicas fantásticas», afirmou Del Porto, manifestando uma sensação bem resumida pelo ex-jogador John McEnroe: «Novak é um muro humano».