O Vitória de Guimarães vai processar os adeptos que invadiram um treino e agrediram um jogador. O presidente do clube diz que os jogadores não se sentem confortáveis para trabalhar.
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Depois de «repudiar com veemência» os «deploráveis acontecimentos verificados esta tarde no complexo desportivo», que constituem «uma das mais graves ofensas ao seu bom-nome e à sua gloriosa história de 89 anos», o Vitória anunciou, em comunicado, a intenção de processar criminalmente os responsáveis pelos «actos verdadeiramente selvagens».
Segundo os responsáveis minhotos, contudo, «é importante que se diga que estes comportamentos lastimáveis são da responsabilidade de um grupo de energúmenos perfeitamente identificável».
«Como se verificou ao contestarem aqueles comportamentos, a esmagadora maioria dos vitorianos não se confunde com minorias alicerçadas na desordem e má educação», sublinhou.
No comunicado pode ler-se ainda que o Vitória de Guimarães «jamais permitirá que a grande paixão dos seus associados seja confundida com a arruaça e a criminalidade de um pequeno grupo de pessoas».
«O combate a esta postura de intimidação começou exactamente neste momento, pelo que o Vitória irá até ao limite das suas forças para processar criminalmente os indivíduos responsáveis por esta vergonha», conclui.
Esta terça-feira, antes do primeiro treino de Rui Vitória no comando técnico da equipa, cerca de três dezenas de adeptos vitorianos invadiram o relvado, sendo que o avançado marroquino Faouzi terá sido mesmo agredido no meio da confusão.
À TSF, o presidente do clube disse que esta situação é «desconfortável para quem trabalha» e acrescentou que não encontra quaisquer razões para o sucedido.
«É de lamentar aquilo que se passou», disse, considerando que os responsáveis por esta acção, que ultrapassa «tudo aquilo que é futebol», «não são pessoas civilizadas» .
«Os jogadores não se sentem tranquilos para exercer as suas funções como trabalhadores», sublinhou Emílio Macedo da Silva.