O ministro da Economia avisou que as previsões de "arrefecimento económico" divulgadas pelo regulador não têm "ainda" em conta "o impacto" do próximo Orçamento do Estado.
Corpo do artigo
Manuel Caldeira Cabral, comentava assim o Boletim Económico de dezembro do Banco de Portugal, divulgado, esta quarta-feira, no qual o banco central revê em baixa a previsão de crescimento económico para este ano, de 1,7% para 1,6%, mas também para os próximos dois anos, piorando assim as estimativas de crescimento económico e admitindo, ainda, um "grau de incerteza particularmente elevado" na projeção, devido à inexistência do Orçamento do Estado para 2016.
Perante estas previsões, o novo titular da pasta da economia disse que "as previsões são num quadro em que ainda não foi apresentado o Orçamento do Estado, não têm em conta ainda o impacto que pode ter a alteração orçamental".
Caldeira Cabral, acrescentou ainda que "para além da alteração orçamental", há outros fatores a ter em conta, como o "impacto que o aumento de rendimentos terá", o "aceleramento dos fundos comunitários e o apoio ao investimento", que disse esperar que "faça com que as empresas cumpram o seu papel e reforcem o seu investimento".
Caldeira Cabral apontou como objetivo "trabalhar para inverter, acelerar, o crescimento económico, da economia e do emprego", isto porque, referiu, "o investimento está ainda muito abaixo dos valores de antes da crise".