Foram revistas em baixa as previsões do Banco de Portugal para o crescimento da economia nos próximos dois anos. O maior corte está do lado do investimento.
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O Banco de Portugal prevê agora que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,6% em 2015. Em 2016, o crescimento da economia nacional não deve superar os 17,%; e no seguinte, 2017, o PIB deve chegar apenas a 1,8%.
A "culpa" desta lenta recuperação é da quebra no investimento, tanto a nível interno, como externo.
No próximo ano, o consumo das famílias deve cair quase um por cento, na comparação com a estimativa para este ano. Em 2015, o investimento privado deve ficar nos 2, 7 por cento. Em 2016, não deve ir além dos 1,8. E o Banco de Portugal prevê nova queda, ainda que ligeira, em 2017.
No que diz respeito às empresas, o investimento cai no próximo ano e volta a ganhar no seguinte. Ainda assim, a nota do supervisor sublinha que a recuperação da procura interna será gradual, à medida que as famílias e as empresas vão ficando menos endividadas.
A procura externa da economia portuguesa também vai cair. Sobretudo de países fora do euro, como Angola. O Banco de Portugal prevê que as exportações sofram uma queda em 2016. A recuperação chega em 2017, mas ainda a níveis abaixo dos previstos para este ano.
O supervisor nota ainda que estas estimativas são feitas ainda sem um orçamento para o próximo ano. Por isso, baseiam-se em pressupostos que podem entretanto mudar.