
An employee of Austrian National Bank (OeNB) shows counterfeit 100 euro banknote in Vienna, January 21, 2011. The value of the euro may have come under pressure in recent months, but there is some good news for the single European currency - the production of counterfeit notes and coins remains relatively low. The European Commission said this week that the number of counterfeit euro coins removed from circulation last year rose 8 percent to 186,000. But the number of fake notes withdrawn by officials dropped 12.6 percent to 751,000. While the number of fake coins may have risen, their total value was only about 300,000 euros ($402,500). The value of counterfeit euro notes came to about 30 million euros. REUTERS/Lisi Niesner (AUSTRIA - Tags: BUSINESS CRIME LAW) - BM2E71L147E01
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Na sequência da proposta do Bloco de Esquerda que pretende a implementação de leques salariais para combater a desigualdade nas empresas, a TSF falou com 'Maria', trabalhadora de uma das mais conhecidas empresas de distribuição nacional - área marcada pela discrepância salarial. No Início do mês, 'Maria' não chega a ter na conta 600 euros.
Maria, nome fictício, tem 28 anos e trabalha numa das mais conhecidas empresas de distribuição nacional.
A situação financeira em que se encontra não a permite sair de casa dos pais. Ainda assim, considera-se privilegiada porque demora apenas 20 minutos a chegar ao trabalho, numa zona nobre da capital.
Maria ilustra a situação em que vivem alguns dos colegas numa tentativa de justificar o cunho de privilegiada a que se atribuiu e remata ao dizer "podia ser pior".
Há sete anos que trabalha nesta empresa e, com o aumento que teve há dois meses, Maria recebe agora um salário bruto de 610 euros. "Eu acho que é pouco. Para o trabalho que fazemos é pouco", sublinha.
Em 2011, quando iniciou este trabalho, pensou que ficaria pouco tempo na empresa, "a ideia era encontrar algo melhor". Agora acredita que não lhe compensava trocar "um emprego que é certo, ainda que o salário seja baixo, (...) por um salário também baixo num outro emprego diferente".
Para esta trabalhadora, a questão salarial está intrinsecamente ligada à motivação profissional, afinal "quando uma pessoa ganha mais, à partida vem mais motivada para o trabalho". Não é o caso de Maria, os 610 euros esfumam-se nas contas que tem de pagar todos os meses. "Infelizmente não se consegue viver sem dinheiro."
No entanto, são os contrastes salariais que revoltam esta trabalhadora. Maria sabe que a empresa tem lucro, mas não o vê refletido no seu salário. No seu entender, a diferença salarial entre o trabalhador e o patrão é demasiado grande, demasiado injusta. "Não quer dizer que o patrão não faça nada, mas a diferença não deveria ser tão acentuada", enfatiza.
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Isto porque, se a empresa apresenta lucros, "não há necessidade de pagar salários tão baixos".
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