O ex-ministro das Finanças, Jacinto Nunes, alerta para o extremo rigor que se exige a Portugal na aplicação das medidas inscritas no acordo com a 'troika'.
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Esta recomendação está relacionada com a taxa de juro do empréstimo entre os 5,5 e seis por cento que foi anunciada, terça-feira, pelo comissário europeu Olli Rehn.
Em declarações à TSF, Jacinto Nunes considera que a taxa não devia ir além dos cinco por cento, sublinhando que os juros exigidos pela União Europeia não ajudam Portugal.
Ainda assim, o antigo ministro das Finanças acredita que, se o plano for cumprido, Portugal vai conseguir sair da crise, mas também avisa que não vai ser fácil.
O responsável defende que, no final do ano, se deve fazer as contas e eventualmente renegociar os juros.
No entanto, nem só a ajuda externa preocupa o antigo ministro das Finanças e antigo governador do Banco de Portugal. Jacinto Nunes está igualmente preocupado com as sondagens e espera que, até às eleições, haja um partido que se destaque.