A directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) saudou, na segunda-feira, o acordo franco-alemão para um novo tratado europeu, considerando, no entanto, que este «não será suficiente» face a uma situação económica «extremamente grave».
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«É particularmente apropriado que os dirigentes europeus e em particular o presidente francês Nicolas Sarkozy e a chanceler alemã Ângela Merkel tenham decidido que que os procedimentos avancem de facto», disse Christine Lagarde.
Num discurso no Instituto Europeu em Washington, Lagarde considerou apropriado que os dirigentes europeus, e em particular o presidente francês e a chanceler alemã, tenham decidido dar andamento aos processos.
«Este início, enquanto meio de compromisso que vemos a ser delineado progressivamente é crucial», considerou a responsável do FMI, apesar de sublinhar que «não é suficiente por si só» e que «é preciso mais para que a situação no seu conjunto seja regulamentada e que a confiança seja restabelecida, não só nos mercados, como nos investidores e consumidores».
Lagarde sublinhou ainda a necessidade de uma estratégia para «os dois, três ou quatro próximos anos», nomeadamente para que os investidores saibam «onde vão abrir novas fábricas e onde vão investir».
O presidente francês e a chanceler alemã concordaram propor um novo tratado europeu - englobando os 27 Estados-Membros da União Europeia ou os 17 países da Zona Euro - e sanções automáticas para os países cujo défice ultrapasse três por cento do produto interno bruto.