O presidente da Confederação Empresarial de Portugal, António saraiva, avisa na TSF que algo terá de ser feito se o acordo alcançado em concertação social for alterado. Em causa, a descida da TSU.
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Não que falar em moeda de troca, mas António Saraiva lembra que "o acordo foi equilibrado, tem um conjunto de medidas que devem ser respeitadas, tem - quer a curto como a médio prazo - esse conjunto de medidas".
Assim, sublinha o presidente da CIP no Fórum TSF, "se acontecer alguma alteração, que muito honestamente não prevejo, se surgir neste processo alguma dificuldade que não se prevê, teremos que agir e avaliar o que for essa dificuldade e equilibrar o acordo. Não falo em compensações, falo em reequilíbrios. Mas não vejo que essa dificuldade venha a ocorrer porque estou tranquilo ao acordo que celebrámos em concertação social e que ele vai ser cumprido".
Em causa, a descida da Taxa Social Única (TSU), que serviu de moeda de troca para os patrões aceitarem subir o salário mínimo para os 557 euros. O líder do PSD anunciou a intenção de se juntar ao Bloco de Esquerda e ao PCP no chumbo da descida da TSU em 1,25 pontos, quando o assunto for votado no Parlamento.
Ouvido no Fórum TSF, o ministro Vieira da Silva estranha a posição do PSD, lembrando que os social-democratas até elogiaram o acordo conseguido em concertação social. O ministro entende que há aqui um caso de "oportunismo político".
Para António Saraiva, os partidos estão a precipitar-se quanto às posições já tomadas nesta matéria.
"Acho até prematuro, excessivo que alguns partidos - antes mesmo de conhecerem o texto do projeto do decreto-lei - o vão rejeitar por esta ou aquela situação. Acho que o sensato era esperar o texto e da leitura do texto retirarem conclusões", defende.
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