A agência Dagong acredita que os Estados Unidos vão aumentar o tecto da dívida, mas isso não resolve o problema da solvência, por isso, alerta, a nota norte-americana vai baixar.
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Em entrevista à agência Lusa, o presidente da Dagong afirma que o crescimento económico e das receitas não consegue acompanhar o crescimento do pagamento das dívidas.
O responsável por aquela que é uma das quatro principais agências de rating da China, Guan Jian Zhong, prevê que «nos próximos anos o yuan continuará a valorizar-se contra o dólar americano, porque o Governo dos EUA continuará a desvalorizar a sua moeda e é capaz de manipular as suas divisas contra o yuan».
A Dagong é a única agência da rating chinesa que não tem a Moody's, Fitch ou Standard&Poor's como parceira de negócio e diz que estas agências são muito influenciadas pelo poder político e usadas para proteger os interesses norte-americanos.
Daí que o presidente aconselhe a Europa a aliar-se às economias emergentes ou a introduzir uma agência dessas economias, ou seja, puxa a brasa à sardinha chinesa que está a tentar a acreditação para entrar no mercado europeu.
Em Portugal, o BES, que abandonou a Fitch, está em contactos com a Dagong.
O responsável da agência considera que Portugal é uma oportunidade para os investigadores da segunda maior economia mundial. As privatizações estão à vista e muitas dessas empresas precisam de ajuda externa, disse o presidente da Dagong.
A Lusa escreve que a China já terá adquirido quatro mil milhões de euros em dívida portuguesa.