O relatório mensal da AIE, hoje conhecido, estima que devido ao fraco crescimento económico mundial a procura de petróleo vai baixar para uma média de 900 mil barris diários em 2012 e de 800 mil em 2013, menos 300 mil este ano e menos 400 mil no próximo face às anteriores previsões.
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Os peritos da Agência Internacional de Energia (AIE) consideram que a diminuição da procura prevista para 2013 se deverá também ao crescimento da capacidade nuclear do Japão e a uma consequente diminuição das necessidades de petróleo por parte do setor energético.
Na quinta-feira, também a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) admitiu a possibilidade de uma queda do consumo mundial de petróleo por causa dos preços altos e da crise da zona euro.
A AIE especifica que em julho o fornecimento de petróleo cresceu em 300 mil barris por dia, sendo os países que não pertencem à OPEP os responsáveis por esta subida.
Por outro lado, as reservas industriais da OCDE caíram em junho para os 2.683 milhões de barris, o equivalente a 57,8 dias de consumo. A previsão anterior era de 58,9 dias de consumo assegurados pelas reservas.
Quanto aos preços, a AIE sublinha o impacto da entrada em vigor, em julho, do embargo da União Europeia às importações de petróleo do Irão, o segundo maior produtor da OPEP e o quarto a nível mundial.
O valor de referência do barril aumentou cerca de 10 dólares, situando-se nos 106 dólares. Também o Brent e o do Texas aumentaram até aos 112 e os 93 dólares, respetivamente, depois de em finais de junho estarem nos 89,61 e nos 78,10.
Para a AIE, o embargo ao Irão continuará, provavelmente, a pesar sobre o mercado durante o segundo semestre deste ano. Alerta ainda para os efeitos negativos na produção de petróleo que poderão ter os conflitos e crises na Líbia, Iraque e Nigéria.