Agências de viagem dizem que a requisição civil não vai evitar falências no setor

Lisa Soares/ Global Imagens
As agências de viagem não ficaram otimistas com a requisição civil. A associação que representa o sector esteve esta tarde reunida, mas o presidente diz que o cenário que agora se apresenta está longe de transmitir segurança às empresas e, sobretudo, aos clientes.
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Pedro Costa Ferreira diz que essa incerteza decorre de serem vários os entendimentos sobre a verdadeira natureza e alcance da requisição civil: « O governo pretende através de uma figura jurídica que os voos se realizem, sabemos que alguns outros orgãos estão a interpretar que essa medida como alocada apenas aos serviços mínimos, ou apenas se eles não forem cumpridos, enquanto que outros acham que é para todos os voos. Resultado: não há uma situação clara para o consumidor».
O presidente da Associação de Agências de Viagem diz que não há no horizonte saída airosa, quando muito será possível atenuar os danos, sendo certo que em alguns casos nem isso poderá ser feito.
«Claro que os operadores estão a tentar colocar os riscos no mínimo, mas há, por exemplo ligações para o Brasil que não podem ser efetuadas de outra maneira se não na TAP e cujos hotéis estão integralmente pagos e não terão qualquer reembolso».
A Associação de Agências de viagem não quer, por hora, pensar para lá da greve na TAP. As empresas do setor dizem que nesta altura ainda não estão a ponderar como responder ao prejuízo que a paralisação lhes pode deixar como herança, nem se mais adiante poderão vir a reclamar algum tipo de indemnização.