Em entrevista a um jornal espanhol, Joaquin Almunia diz que não se pode as pôr «mãos no fogo» depois de tudo o que se viu nesta crise, mas exclui a possibilidade de nova recessão.
Corpo do artigo
O vice-presidente da Comissão Europeia Joaquin Almunia não excluiu a possibilidade de um novo plano de resgate a um país endividado.
«Com tudo aquilo que conhecemos desta crise e as probabilidades mínimas que se vieram a concretizaram, penso que não podemos pôr as mãos no fogo», explicou este elemento da Comissão Europeia.
Em entrevista ao jornal espanhol Expansion, haver ou não um novo plano de salvamento, «depende da situação económica e do impacto desta situação nos organismos e sistema financeiro».
«Mais do que fazer previsões, o que falta é tomar as decisões necessárias, ter coragem política para as aplicar e de coordenar a questão da melhor forma possível», adiantou.
Apesar destes receios, Joaquin Almunia colocou de lado a possibilidade de uma nova recessão, que já foi prevista pelo FMI, uma vez que as «taxas de crescimento da Zona Euro, UE e EUA são positivas».
Almunia recomendou ainda ajustes fiscais para os países com dívida pública elevada e frisou que «agora, mais do que nunca, são necessários acordos para impulsionar as mudanças».