A administração da Autoeuropa anunciou uma paragem de 8 de dezembro a 7 de janeiro de 2013, para fazer face à quebra de encomendas.
Corpo do artigo
Em comunicado, a administração da Autoeuropa garante ainda que irá trabalhar em conjunto com a Comissão de Trabalhadores, com o Governo português e com o Grupo Volkswagen, «para a implementação de medidas que garantam a manutenção de todos os postos de trabalho em 2013».
Para além das ferramentas de flexibilidade laboral, como é o caso dos 'downdays', as medidas a adotar incluem a produção adicional de peças e ferramentas para outras fábricas do grupo Volkswagen, programas de formação profissional e o destacamento de grupos de colaboradores para outras fábricas da Volkswagen em períodos de lançamento de novos produtos.
Ouvido pela TSF, António Chora, da comissão de trabalhadores, garantiu que tudo foi conversado e articulado com os representantes dos trabalhadores.
De acordo com os dados disponibilizados pela Autoeuropa, a fábrica de Palmela produziu um total de 101.457 veículos de janeiro a outubro deste ano, o que corresponde a uma quebra de 11,1% em relação à produção no mesmo período do ano passado, em que produziu 114.151 veículos.
Apesar da crise no setor automóvel, a Autoeuropa produziu este ano mais viaturas Volkswagen Sharan (mais 17%) e Seat Alhambra (mais 3%) do que no ano passado.
Este registo positivo não foi, no entanto, suficiente para compensar as fortes quebras que se verificaram nas encomendas do Volkswagen Eos (menos 47%) e no Volkswagen Scirocco (menos 18%).
Para além das dificuldades que se verificam no mercado automóvel, a Autoeuropa está ainda a ser confrontada com problemas adicionais na exportação de veículos, devido à greve dos trabalhadores portuários.