É com desilusão que a Associação Portuguesa de Consumidores e Utilizadores de Produtos e Serviços Financeiros (SEFIN) conhece o parecer da Autoridade da Concorrência. A entidade liderada por Manuel Sebastião garante não ter detetado indícios de práticas restritivas na venda de imóveis pelos bancos.
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Em causa estão várias queixas que deram conta de crédito facilitado para quem compra casas que pertencem às instituições bancárias. A Autoridade da Concorrência faz saber que não tem reparos sobre o negócio dos bancos com casas que retomam e colocam no mercado por falta do pagamento de créditos à habitação.
Reagindo em nome da SEFIN, Leonor Coutinho, reafirma as denúncia e lamenta o olhar contido da Autoridade da Concorrência.
«Parece-me que a Autoridade da Concorrência age de acordo com critérios extremamente restritos, sem nunca afastar condições completamente diferentes de crédito, não nos parece que seja uma prática comercial normal. É lesivo do interesse dos consumidores o facto da Autoridade da Concorrência dizer que não lhe compete agir nesse sentido porque não percebeu que houvesse indícios de concertação nessa prática, o que não impede que ela seja extremamente lesiva do interesse dos consumidores», defende.