Banco Carregosa garante que queda da Bitcoin não vai provocar crise económica nacional

Giuseppe Cacace/AFP
O diretor de trading atribui a queda do valor da bitcoin a "algumas incertezas que permanecem subjacentes à economia mundial", nomeadamente às principais economias - os Estados Unidos, a China e a zona Euro
O diretor de 'trading' do banco Carregosa afasta um cenário semelhante ao da crise das dívidas soberanas, em 2011, ou da grande crise financeira de 2008, assegurando que a criptomoeda não afeta todos os investidores portugueses por igual.
Em declarações à TSF, o diretor de trading do banco, João Queiroz, afasta este cenário, assegurando que esta criptomoeda não afeta todos os investidores portugueses por igual. "Afeta sobretudo um certo tipo de investidores, não é algo que seja transversal, [pois] não é um investimento tão comum como as ações e as obrigações, portanto, o impacto que pode haver na economia não será o mesmo que tivemos, por exemplo, na crise das dívidas soberanas, em 2011, ou na grande crise financeira de 2008", assegura.
O diretor de trading atribui a queda do valor da bitcoin a "algumas incertezas que permanecem subjacentes à economia mundial", nomeadamente às principais economias - os Estados Unidos, a China e a zona Euro -, "onde se nota alguma desaceleração". Este contexto faz com que os investidores só "realizem os ganhos depois dos excelentes desempenhos" observados até outubro.
Há pouco mais de um mês, a bitcoin estava a negociar em máximos históricos, ultrapassando os 124 mil dólares. Agora, o valor da criptomoeda caiu para menos de 90 mil dólares, menos 30% em relação ao recorde de outubro. Este foi também o mês em que a bitcoin teve o primeiro saldo negativo desde 2018, cujos efeitos já se sentem em novembro.