Mário Draghi rejeitou hoje que o caso do BES afete a credibilidade do BCE e considerou que foi graças aos contributos da instituição para melhorar a supervisão do Banco de Portugal que foram detetados os problemas.
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Draghi rejeita qualquer perda de credibilidade do BCE e afirma que o Banco de Portugal está agora mais bem apetrechado para garantir a supervisão.
O presidente do BCE entende que foi a instituição a que preside que forneceu tais padrões que permitiram detectar irregularidades no BES.
«O BCE disponibilizou à entidade supervisora, em Portugal, os melhores padrões, contribuindo para o esforço da troika para formular melhores padrões e análises de crédito e foi graças a esses melhores padrões que, posteriormente, a autoridade supervisão portuguesa pode, na verdade, identificar os problemas no BES», disse.
Draghi entende que o BCE não poderia ser exposto a uma perda de credibilidade por não realizar uma função, pela qual ainda não tem responsabilidade.
«O BCE ainda não é o supervisor desses bancos. E não tem responsabilidade de supervisão dos bancos portugueses ou de qualquer outro banco. Não teremos tal responsabilidade enquanto o BCE não se tornar um verdadeiro supervisor», sublinhou.
O responsável do BCE afirmou que o BCE tratou dos bancos portugueses em geral e nunca se debruções sobre qualquer questão de um banco em concreto.
«O envolvimento do BCE no Banco Espírito Santo foi o envolvimento enquanto parte da troika, não teve de modo algum envolvido com um banco específico», afirmou.