
Catarina Martins
Global Imagens/Nuno Pinto Fernandes
A deputada do Bloco de Esquerda Catarina Martins considerou hoje que o Orçamento do Estado para 2015 é o espelho fiel do legado de quatro anos do Governo PSD/CDS-PP, que disse deixar maior carga fiscal, pobreza e elevado desemprego.
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«O documento que aqui vamos votar é o espelho fiel do legado de quatro anos de Governo da maioria de direita. Maior carga fiscal de sempre, aumento acentuado da pobreza, crescente desigualdade social», desemprego e precariedade, acusou.
Catarina Martins, que discursou pela bancada do Bloco de Esquerda (BE) no encerramento da discussão do Orçamento do Estado para 2015, sustentou que «ninguém acredita no quadro económico traçado pela ministra das Finanças». «Com o governo recordista dos orçamentos retificativos, sabemos, há duas constantes nos orçamentos do Estado: mentira com os números e assalto ao país para o lucro de poucos», acusou.
Para o BE, disse, «não há nenhuma razão para descer a tributação das grandes empresas que não seja a política de uns poucos à custa da vida de quase todos».
Catarina Martins referiu-se também ao discurso "pós-troika" do Governo PSD/CDS-PP, acentuando que «um ano passado e, no momento da verdade, nem com uma lupa de detetam diferenças entre o antes e o depois».
Sobre o período de discussão do OE2015 na especialidade, Catarina Martins destacou a proposta de deputados do PS e do PSD, que disse «apadrinhada pela nova direção do PS», para repor a «subvenção vitalícia dos antigos titulares de cargos públicos».
«Num país onde os salários continuam cortados, a prioridade de PSD e PS era devolver uma subvenção - para a qual ninguém descontou, vale a pena lembrar», criticou, afirmando que a tentativa revela «as prioridades e agendas dos partidos do bloco central».