A banca foi o setor mais penalizado com quedas quase todas acima dos dez por cento num dia em que a bolsa de Lisboa foi a que registou a maior queda na Europa.
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A bolsa de Lisboa registou perdas de 5,31 por cento, um dia depois da demissão do ministro Paulo Portas, sendo aquela que teve maiores perdas na Europa esta quarta-feira.
Dos 20 títulos que compõem o índice português, todos registaram quedas, tendo a banca sido o setor mais penalizado, com desvalorizações acima dos dez por cento, exceto no BPI que teve uma perda de oito por cento.
Entretanto, a CMVM anunciou que proibiu temporariamente as vendas a descoberto das ações do Banif, BES, BCP e Sonae Indústria, por causa da desvalorização superior a dez por cento destes títulos esta quarta-feira.
Durante a sessão desta quarta-feira, onde as perdas ascenderam a cerca de 2200 milhões de euros, mais de 680 milhões de ações foram transacionadas, mais do quádruplo da média dos últimos 12 meses.
A pressão vendedora desta quarta-feira em Lisboa apenas foi comparável com a intensidade registada em 2008, aquando da crise financeira nos EUA.
Os juros da dívida agravaram-se em todos os prazos, tendo alcançado os 7,44 por cento a dez anos, depois de terem chegado a tocar os oito por cento durante a sessão.