Na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, Maria Luís Albuquerque explicou que as propostas do Montepio e do Núcleo Estratégico de Investidores não «preenchiam os requisitos necessários» para a compra do BPN.
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Em audição na comissão de Orçamento e Finanças, a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, referiu que o Montepio foi excluído da privatização do BPN porque não queria comprar o capital da instituição.
«O Montepio não se propôs a comprar o BPN. O Montepio apresentou uma proposta para adquirir as agências, ficar com os depósitos e o sistema de pagamentos, sujeito o valor a uma avaliação a fazer em momento posterior», revelou a secretária de Estado, acrescentando que foi esta «a razão pela qual a proposta teve de ser excluída a partida, por não preencher os requisitos do que estava a ser colocado a concurso».
Quanto ao Núcleo Estratégico de Investidores (NEI), que ofereceu 106.400 milhões de euros, Maria Luís Albuquerque referiu que «essa proposta não preenchia os requisitos necessários em termos de garantias, quer de condições financeiras, quer de gestão».
«[O grupo de investidores] proponha-se fazer um pagamento inicial no final deste ano, no dia 30 de Dezembro, de cinco por cento desse montante [106.400 milhões de euros] e fasear o remanescente do pagamento ao longo dos próximos seis anos. O que nós consideramos que não é um escalonamento de pagamentos razoável para a aquisição de uma instituição financeira como a que estava em causa», justificou.
Recorde-se que, no passado domingo, o Ministério das Finanças anunciou a venda do BPN ao BIC por 40 milhões de euros. De fora ficaram as propostas do Montepio e do NEI, assim como uma outra de que não são conhecidos os proponentes.