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A Comissão Europeia agravou todas as perspetivas económicas para Portugal e alertou para a possibilidade de mais uma «revisão em baixa do crescimento para 2013».
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A Comissão Europeia admitiu rever as previsões em baixa para Portugal, ao agravar todas as perspetivas económicas para a economia portuguesa em relação às previsões de inverno.
Nas previsões económicas de primavera divulgadas esta sexta-feira, Bruxelas prevê uma queda de 2,3 por cento para a economia portuguesa em 2013, mais 0,4 pontos percentuais em relação às suas últimas previsões.
Por outro lado, a Comissão Europeia prevê um regresso ao crescimento em 2014, com o PIB a crescer 0,1 por cento nesse ano, um número também mais baixo em relação às previsões de inverno.
Ainda de acordo com Bruxelas, o défice vai crescer em 2013 para os 5,5 por cento, ao passo que a dívida chegará aos 123 por cento do PIB.
A Comissão Europeia prevê também que o desemprego chegue aos 18,2 por cento em 2013 e aos 18,5 por cento em 2014, continuando assim Portugal com a terceira taxa de desemprego mais alta da UE, apenas atrás da Espanha e da Grécia.
Quanto ao consumo privado, a queda deverá ser de 3,3 por cento em 2013, acima dos 2,8 por cento que estavam inscritos nas previsões de inverno, sendo que a recuperação para 2014 é agora de 0,1 por cento e não de 0,5 por cento.
O investimento deverá cair 7,6 por cento em 2013, em vez dos oito por cento previstos há três meses, devendo o investimento público manter-se inalterado, com um crescimento de 1,8 por cento de 2012 a 2014.
Desta forma, a Comissão Europeia alinhou as suas perspetivas com os números apresentados pelo Governo e pela troika na sequência da sétima avaliação.
No entanto, a Comissão Europeia alerta que uma «revisão em baixa do crescimento para 2013 parece garantida como resultado de uma maior deterioração das previsões de crescimento para as exportações portuguesas e de uma agravamento das perspetivas para o mercado de trabalho».