A Comissão Europeia avisa que, no fim do programa de assistência financeira, não há espaço para se ser «complacente», embora o comissário que assegura a pasta dos Assuntos Económicos e Financeiros, Sim Kallas, considere que o «momento» é de «satisfação».
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Numa nota divulgada por Bruxelas, o vice-presidente da Comissão Europeia, Sim Kallas, afirma que, se por um lado, este é um momento de satisfação, por outro, avisa que não há espaço para «complacência».
O comissário considera que «o governo português teve uma ação decisiva» para assegurar a sustentabilidade das finanças públicas, tendo igualmente conseguido não só «estabilizar o setor financeiro», mas também «reforçá-lo».
Bruxelas defende que o ritmo das reformas não pode abrandar e «para alcançar uma recuperação mais robusta e para diminuir os níveis de desemprego» que considera «inaceitáveis», Sim Kallas diz ser «essencial» que, nos próximos «meses e anos», o compromisso se mantenha de forma «séria».
Ou seja, neste comunicado enviado às redações, Bruxelas exige o compromisso de futuros governos com «políticas de rigor orçamental e com as reformas necessárias ao crescimento».
De acordo com fontes ouvidas pela TSF, a comissão «quer ver reformas no mercado de trabalho» que a troika lamenta não ter ainda a «flexibilidade desejada».
«O mercado da energia e dos transportes» são outras das áreas que o executivo comunitário considera «chaves» para as quais deve ir atenção dos futuros governos, procurando implementar «políticas sólidas».
Na nota divulgada por Bruxelas, há ainda uma referência ao «esforço determinado das autoridades portuguesas e à capacidade de resistência e coragem dos portugueses», considerando-se que contribuíram para «progressos significativos na correção dos desequilíbrios económicos que há muitos anos estrangulavam o País».
A comissão salienta também que «as reformas estruturais em muitos sectores da economia» começam a promover a «competitividade do país e a remover os obstáculos ao investimento e à criação de emprego».