O porta-voz do executivo comunitário confirmou o acordo alcançado com o Governo português para a recapitalização da Caixa "em condições de mercado"
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O porta-voz, citado pela agência Lusa, confirma que "a comissária [Margrethe] Vestager chegou esta noite a um acordo de princípio com as autoridades portuguesas sobre o caminho a seguir para permitir uma recapitalização da CGD em condições de mercado".
A notícia sobre a aprovação da recapitalização da Caixa por Bruxelas foi avançada, ontem, pelo Público.
O jornal acrescentava que a comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, negociou diretamente com o ministro das Finanças, Mário Centeno.
O Público adiantava ainda que ficou decidido que a injeção de capital poderia chegar a 4,6 mil milhões de euros, mas, diretamente, o Estado só poderá colocar 2,7 mil milhões de euros no capital da CGD.
O porta-voz do executivo comunitário confirmou estes valores e acrescentou ainda que as autoridades portuguesas iriam ainda transferir as suas ações ParCaixa para a CGD e converter em capital 900 milhões de euros de instrumentos de capital contingente (as chamadas 'CoCo bonds').
Para além dos montantes envolvidos, o Público adiantava que a futura administração da Caixa terá um máximo de quinze elementos, sete dos quais com funções executivas.
O porta-voz do PS já reagiu a este acordo alcançado. João Galamba disse à Lusa que "aquilo que foi conseguido foi a manutenção da Caixa em mãos 100% públicas e um programa de reestruturação e de recapitalização que lhe permitirá atuar no mercado e ser um banco sólido. É uma grande conquista do Governo e do país".
O deputado socialista adiantou ainda ter "a informação" de que "esta recapitalização da Caixa não será tida em conta em termos de metas orçamentais e de cumprimento do Procedimento por Défice Excessivo", considerando-a igualmente "uma excelente notícia".