O recente escândalo dos resultados falsos sobre as emissões de carbono dos automóveis da Volkswagen foi o tema da reunião desta quinta-feira dos ministros europeus da Economia, no Luxemburgo.
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Num conselho para a competitividade escasso em conclusões, os ministros prometeram olhar para as leis nacionais para ver como podem torná-las um incentivo para os construtores de automóveis investirem em tecnologia mais limpa e amiga do ambiente.
Na reunião, a Comissão Europeia (CE) exigiu que sejam apurados dados fiáveis sobre a dimensão do escândalo.
A CE quer um processo transparente e robusto para avaliar o impacto do chamado "Dieselgate". A comissária para o Mercado Interno, Indústria e Empreendedorismo, Elzbieta Bienkowska exige a toda a União Europeia (UE) ações imediatas.
"Temos que conhecer os factos em todos os Estados-Membros da União Europeia tão cedo quanto possível. Quando conhecermos os factos, temos de adotar um reforço verdadeiro. Devemos isso aos nossos consumidores e os construtores de automóveis também precisam disso. Tem de ser um processo transparente, mas muito forte", defendeu.
Perante as exigência da CE, o ministro luxemburguês da Economia e Mercado Externo Etienne Schneider, que presidiu à reunião, garantiu que a UE está empenhada e encontrar soluções:
"Constatei um amplo consenso sobre a necessidade de criar um quadro [legal] que garanta uma grande segurança jurídica que encoraje as empresas a investir, a longo prazo, na UE, e rapidamente, sobre as emissões de carbono. Esse quadro deve encorajar os investimentos nas soluções mais inovadoras e mais verdes", afirmou.
O ministro entende que todas as medidas devem ser adotadas para garantir a confiança dos consumidores: "É desde logo importante a obtenção de dados o mais detalhados possível sobre a situação. Os Estados-Membros farão tudo para clarificar a situação. A Alemanha propôs apoio ilimitado para gerir esta situação. Todos estamos de acordo em devolver a confiança aos consumidores, à indústria e, essencialmente, evitar o catastrofismo".