O comissário europeu dos Assuntos Económicos saudou hoje a aprovação do Orçamento de Estado (OE) de Espanha para 2012, uma prova da «determinação» do Governo do país em superar as dificuldades económicas.
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«Espanha está a demonstrar determinação nas suas políticas orçamentais e estruturais», declarou Olli Rehn em Copenhaga, em conferência de imprensa no final de um encontro dos ministros das Finanças da UE (Ecofin), que se seguiu a um encontro do Eurogrupo, que juntou os 17 governantes dos países da moeda única.
Remetendo mais comentários sobre o OE espanhol para a próxima semana, quando a Comissão Europeia receber a «completa avaliação» das medidas hoje aprovadas em Espanha, Olli Rehn garantiu na capital dinamarquesa que Bruxelas viu com bons olhos a aprovação do documento.
O Governo espanhol aprovou hoje o OE para 2012, que considera o maior ajuste às contas públicas e que implica uma correção equivalente a 2,5 por cento do PIB ou 27,3 mil milhões de euros.
O ajuste, segundo explicou a vice-presidente do Governo, Soraya Saenz de Santamaria e o ministro da Fazenda, Cristóbal Montoro, de é conseguido com um aumento de receitas de 0,8 por cento do PIB e uma redução dos custos de 1,7 do PIB.
Assim, e segundo contas do Governo, a redução de défice que há que realizar este ano é de 1,6 por cento do PIB a que se somam 0,9 por cento do PIB em «gastos comprometidos» como juros, financiamento da administração do Estado, pensões de classes passivas e prestações não contributivas da Segurança Social.
O objetivo é que no final do ano o défice acumulado das administrações espanholas seja de 5,3 por cento do PIB (3,5 por cento do Estado Central, 1,5 por cento dos governos regionais e 0,3 por cento dos Governo locais).