O presidente executivo do banco espanhol diz que a decisão do BPI "permite avançar com uma operação que, considera, ser o melhor para o futuro da instituição e dos seus acionistas.
Corpo do artigo
O presidente executivo do CaixaBank faz uma avaliação "positiva" da decisão tomada hoje pelos acionistas do BPI de eliminar a limitação dos direitos de voto.
O "CaixaBank avalia positivamente a decisão dos acionistas do BPI de eliminar as restrições aos direitos de voto, visto que dará estabilidade à entidade [BPI], ao permitir aplicar o princípio de uma ação um voto, em linha com as melhores práticas de governação corporativa", disse Gonzalo Gortázar à Lusa, depois da assembleia-geral do BPI, que decorreu hoje, no Porto.
Os acionistas do BPI aprovaram hoje a proposta de desblindagem dos estatutos do banco, pondo fim à limitação dos direitos de voto e abrindo caminho ao sucesso da OPA lançada em abril último pelo maior acionista, o espanhol CaixaBank.
Para o presidente executivo do banco espanhol, com sede em Barcelona, a decisão "permite ao CaixaBank continuar com a sua oferta, que significa um forte compromisso de investimento com Portugal", onde esta instituição está presente há mais de 20 anos.
"Esta decisão da assembleia-geral permitirá continuar com uma operação que estamos convencidos de que é o melhor para o futuro da entidade e de todos os seus acionistas", afirmou Gonzalo Gortázar, assegurando que o CaixaBank está "disposto a assumir o controlo do BPI para ajudar a entidade a enfrentar com garantias os futuros desafios do setor financeiro português e as exigências regulatórias".
A eliminação da limitação dos direitos de voto no BPI era a principal condição para que o CaixaBank finalizasse a OPA sobre a totalidade do banco português.
A limitação desses direitos dava até agora ao CaixaBank, que tem mais de 45% das ações, um poder decisório de apenas 20%, similar ao do segundo acionista, a milionária angolana Isabel dos Santos, que detém 18,6% do capital através da empresa também angolana Santoro.
O banco espanhol pretende finalizar a OPA em outubro, uma operação que foi muito facilitada com a decisão de hoje da assembleia-geral do BPI.