O movimento é maior para quem parte para a Europa mas também já há abastecimentos no regresso de Espanha, onde o combustível continua a ser mais barato.
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Há quem encha os tanques antes de seguir a rota do transporte internacional de mercadorias e há quem meta só o suficiente para chegar a outra gasolineira do lado de lá da fronteira.
João Almeida conduz um camião da Patinter com destino a Madrid. A empresa, uma das maiores da Península Ibérica, tem depósitos em Espanha e o motorista não enche. "A ordem é para meter 150 litros", esclarece.
Na bomba da A25, no Alto de Leomil, "vendem-se agora 60 mil litros de gasóleo por semana". O gerente olha o abastecimento da Patinter e constata que "há mais camiões a parar para abastecer". Sobretudo no "sentido Espanha", afirma António Oliveira.
12 quilómetros andados e estamos em Vilar Formoso. Aqui é preciso sair da autoestrada para abastecer. Foi o que fez Vítor Neto, motorista da Transmaia que irá pagar "os mais de 700 litros abastecidos" na bomba da Prio.
Do lado de lá da estrada há um novo posto de combustíveis em obras e que irá abrir brevemente. Do lado de cá o camião da Transmaia teve que "manobrar para encher os dois tanques, um de cada lado do veículo". Apesar do constrangimento Paulo Morgado, que faz o turno da manhã, reconhece que "os camiões estão de regresso" a esta bomba. Também os espanhóis ali abastecem, "sobretudo os que usam gasóleo aditivado, mais barato em Portugal que em Espanha".
No distrito da Guarda há 17 postos com majorações fiscais aos camiões que usam gasóleo profissional. É preciso esperar seis meses para receber o desconto fiscal mas as gasolineiras voltaram a ter camiões para abastecer.
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