O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) avisou que a hipótese ponderada por Passos Coelho de acabar com a taxa intermédia do IVA teria efeitos muito negativos.
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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou, em entrevista à RTP, que a eliminação da taxa intermédia do IVA, de 13 por cento, «é uma possibilidade» no âmbito da «reestruturação» deste imposto, mas afastou um cenário de aumento da taxa normal.
Para o presidente da CAP, essa medida teria graves consequências para o sector do vinho e os ganhos para o Estado não seriam significativos.
«Não nos parece que seja bom para o Estado aumentar o IVA de 13 para 23 por cento, porque provavelmente com a contracção de mercado não vai recolher mais receita fiscal, que é o objectivo», opinou.
João Machado alertou ainda que essa medida iria «delapidar uma fileira muito importante, de centenas de milhares de viticultores».